ISBN: 978-65-5959-201-2
IDIOMA: Português
NÚMERO DE PÁGINAS: 231
NÚMERO DA EDIÇÃO: 1ª Edição
DATA DE PUBLICAÇÃO: Janeiro/2022
No que tange aos empregados domésticos, não obstante o cerne da relação de trabalho esteja atrelado à contratação, para realização de atividade sem fins lucrativos, a peculiaridade desses contratos não os torna menos desiguais aos demais. Além disso, em se tratando de trabalhadores domésticos, a luta por melhores condições de trabalho torna-se muito mais penosa. As razões vão desde dificuldades de organização coletiva (derivada da pulverização do trabalho) ao estigma de subempregado: indivíduos exercentes de profissões historicamente direcionadas a escravizados.
O presente estudo tem como objetivo principal buscar compreender a motivação pela qual, embora formalmente direcionada à correção de distorções históricas, a Lei Complementar 150/2015, popularmente conhecida como a “Lei das Domésticas”, não contemplou aos empregados domésticos todos os direitos e garantias previstos aos demais trabalhadores na Constituição Federal. Ou seja, porque, afinal, optou-se por fazer manter os trabalhadores domésticos na marginalização legal.
Impende-se verificar se esta omissão legislativa - intencional ou não -, assim como ocorreu às normas especializadas já revogadas, resultou, unicamente, da ausência de técnica legislativa ou se esse tratamento desigual decorre de um traço genético e resistente da sociedade brasileira.
OS AUTORES
AGRADECIMENTOS
LISTA DE SIGLAS
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
ASPECTOS HISTÓRICOS, SOCIOECONÔMICOS E JURÍDICOS NA CONCEPÇÃO DO EMPREGADO DOMÉSTICO BRASILEIRO
1.1 A escravidão no Brasil e suas influências no surgimento do empregado doméstico
1.2 Empregado ou criado? A proteção jurídica estatal ao trabalhador doméstico antes e nos primeiros cem anos após a abolição da escravatura
1.3 Trabalhador de “segunda classe” e o estigma social dos empregados domésticos: questões relevantes ao favorecimento da pecha de subemprego
CAPÍTULO 2
A NOVA ORDEM JURÍDICA E O ALCANCE DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 NA PROTEÇÃO AOS DIREITOS DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS
2.1 Direitos e garantias dos empregados domésticos sob a égide da Constituição Federal de 1988 e as omissões supridas com a emenda constitucional Nº 72/2013
2.2 Lei complementar Nº 150/2015: a novel “lei das domésticas”
CAPÍTULO 3
AVANÇOS OU RETROCESSOS: ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES NAS RELAÇÕES DE TRABALHO DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS COM A LC N. 150/2015
3.1 Controle de constitucionalidade e os aspectos controvertidos na EC Nº 72/2013 e na LC 150/2015
3.2 Análise quanti-qualitativa: de que forma a nova lei das domésticas afetou as relações trabalhistas?
3.3 Em busca da justiça social: o primeiro triênio de vigência da Lei Complementar 150/2015 e os desafios de uma lei trabalhista plenamente eficaz
3.4 Fiscalização estatal do trabalho doméstico: práticas e dilemas contemporâneos
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
APÊNDICE
GRÁFICOS do PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS ENTREVISTADOS227