ISBN: 978-65-5959-104-6
IDIOMA: Português
NÚMERO DE PÁGINAS: 348
NÚMERO DA EDIÇÃO:
DATA DE PUBLICAÇÃO: Agosto/2021
Este livro é fruto de encontros coletivos de autores e autoras de diversas partes do Brasil, cujas pesquisas e escritas aqui apresentadas giram em torno das diversas coações sofridas por indivíduos anônimos e conhecidos ao longo de um período que vai da fase imperial até anos recentes da República brasileira. As coações no Brasil – se pensadas no contexto de punições a atos contra pessoas indesejadas com deslocamentos forçados e forçosos – foram variadas, desde o período colonial. A partir dessa fase, já tivemos ou ainda temos penas como: degredos, desterros, exílios, banimentos e deportações. E ainda devemos lembrar do ato de se auto exilar, como forma de preservar sua vida em uma decisão limite frente aos riscos que se corre diante as injunções políticas, sociais, religiosas e de falta de liberdades. Talvez o ponto central em discussão que atravessa todos esses textos seja o da ausência, o descentramento do mundo de antes, tornado interditado pelas contingências que fogem às escolhas dos indivíduos afetados pelas coações.
SOBRE OS ORGANIZADORES
SOBRE OS AUTORES
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 1
Ana Luisa Zago de Moraes
ABORDAGEM CONCEITUAL E JURÍDICA ACERCA DAS SANÇÕES E COAÇÕES POLÍTICAS: DEGREDOS, DESTERROS, EXÍLIOS E DEPORTAÇÕES
Introdução
1 Os degredos e desterros
2 Os exílios e banimentos
3 As deportações e expulsões
Considerações finais
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 2
Fabio Pontarolo
DEGREDOS NO IMPÉRIO: POVOAMENTO, TRABALHOS FORÇADOS E A PERMANÊNCIA DA TRADIÇÃO PENAL LUSITANA
Referências bibliográficas e fontes
CAPÍTULO 3
Francisco Bento da Silva
CRÔNICAS, VERSOS, POEMAS E OUTRAS ARTES: OS DESTERROS PARA O ACRE NA LITERATURA
Introdução
1 A literatura e o cotidiano: narrativas do tempo presente
2 A literatura como crônica dos desterros para o Acre
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 4
Alexandre Samis
“A BEM DA ORDEM E DA TRANQUILIDADE”: ANARQUISMO, DEPORTAÇÃO E EXPULSÃO DE “INDESEJÁVEIS”
1 A “planta exótica”
2 Dos decretos e das leis
3 Deportações: arbítrios, acordos e resistências
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 5
Antonio Gasparetto Júnior
CLEVELÂNDIA DO NORTE E OS DESTERROS DE ARTHUR BERNARDES NA PRIMEIRA REPÚBLICA
Introdução
1 O quadriênio nefasto
2 A repressão de Arthur Bernardes e os desterros para a colônia penal
Considerações finais
Fontes
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 6
Francisco Chagas O. Atanásio
“...E NÃO TIVERA UM GESTO DE CÓLERA, UMA EXPRESSÃO DE ÓDIO”: LUÍS CARLOS PRESTES, OS REVOLTOSOS E AS NARRATIVAS DE EXPERIÊNCIA DO EXÍLIO NO CHACO “BOLIVIANO”
Introdução
1 Das “Mutucas” do sertão ao internamento na Bolívia: o itinerário final da Coluna Prestes na “grande marcha” pelo território nacional
2 Trabalho, cotidiano e sobrevivência no Chaco
3 Imprensa no exilio e os primeiros contatos com o pensamento de esquerda
Considerações finais
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 7
Carla Brandalise
Charles Sidarta Machado Domingos
DEPORTAÇÃO EM METONÍMIA: OLGA BENÁRIO E A MEMÓRIA DO ARBÍTRIO
1 O “dever de memória”: deportação e extermínio de Olga
2 Olga Benário, uma comunista internacional
3 A prisão e expulsão do Brasil de Olga Benário
Considerações finais
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 8
Leandro Pereira Gonçalves
TEMPOS DE EXÍLIO: PLÍNIO SALGADO, O CATÓLICO FASCISTA EM PORTUGAL
1 O integralismo de Plínio Salgado: formação e queda
2 Plínio Salgado, o quinto colunista
3 Plínio Salgado, o quinto evangelista
4 O retorno ao Brasil: da democracia à ditadura
Referências bibliográficas
Arquivos
CAPÍTULO 9
Márcio de Paiva Delgado
ENTRE CUBA, ESTADOS UNIDOS E PORTUGAL: O EXÍLIO DE CARLOS LACERDA
Introdução
1 Carlos Lacerda e as crises institucionais entre 1945 e 1964
2 O conturbado governo Vargas/Café/Luz/Ramos
3 Do asilo para o exílio
4 Carlos Lacerda no exílio
5 Retorno ao Brasil
Referências bibliográficas
Periódicos consultados
CAPÍTULO 10
Nashla Dahás
JOÃO GOULART E AS IMAGENS DE UM PERSONAGEM EM EXÍLIO
Introdução. A construção do personagem
1 Por que o exílio?
2 Exílio e exceção
3 Peças soltas de uma memória fragmentada
4 Os golpes sobre João Goulart. Direito, memória e tempo histórico
Referência bibliográfica
CAPÍTULO 11
Nathalia Rodrigues Faria
DE ANGICOS PARA O MUNDO: PAULO FREIRE E O CULTIVO DE SUA ANDARILHAGEM
1 Plantar: o método Paulo Freire
2 Germinar: Angicos e “as cascavéis do sertão”
3 Podar: a prisão de Paulo Freire
4 Florescer: um novo aprender de “ler o mundo”
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 12
Lucas Souza
CONTRACULTURA NOS TEMPOS DO CONDOR: ANÁLISE DO (AUTO) EXÍLIO DE RAUL SEIXAS E PAULO COELHO
1 Contracultura brasileira: hibridismo, repressão e expressões culturais
2 Raul Seixas sob suspeita
3 Raul Seixas, prisão, tortura e exílio
4 Raul Seixas: “dedo-duro”, engano e reparação
Referências bibliográficas
Anexo I
Anexo II
CAPÍTULO 13
Karim Helayel
UM “AMARGO CAVIAR”: FERNANDO HENRIQUE CARDOSO E O EXÍLIO
Introdução: excurso biográfico
1 Descoberta da América Latina?
2 Itinerários não-lineares: o princípio da não-linearidade
Considerações finais
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 14
Pâmela de Almeida Resende
A PERMANÊNCIA DOS DEBATES EM TORNO DA LEI DE ANISTIA: DOS ANOS 1970 AOS DIAS ATUAIS
1 As mobilizações em torno da anistia ampla, geral e irrestrita e a aprovação da Lei 6.683/79
2 Os limites e avanços das medidas reparatórias nos governos da Nova República
Considerações finais
Referências bibliográficas