ISBN: 978-65-5959-490-0
IDIOMA: Português
NÚMERO DE PÁGINAS: 253
NÚMERO DA EDIÇÃO: 1
DATA DE PUBLICAÇÃO: Junho/2023
O desafio de convencer pessoas sobre a existência de direitos inerentes à condição de humanidade não é tarefa simples, especialmente quando muitos recursos retóricos têm sido utilizados justamente para provar o contrário. Esta obra propõe que o discurso dos direitos humanos pode ser bem aceito em diferentes contextos desde que admitida e favorecida a existência de um vínculo básico entre todos os seres humanos, a fraternidade. A autora se dedica a elaborar, com recurso à retórica aristotélica, um discurso convincente dos direitos humanos procurando na história e em antigas tradições e culturas, afetos, autoridades discursivas e argumentos comuns para a elaboração de discursos dos direitos humanos que sejam adequados aos auditórios aos quais se destinam.
SOBRE A AUTORA
AGRADECIMENTOS
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
FRATERNIDADE COMO EMPATIA. PRESSUPOSTOS EMOCIONAIS PARA UM DISCURSO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
1.1 As emoções e as bases antropológicas da fraternidade universal
1.2 Da empatia à justiça. Um aprendizado da era axial
1.2.1 Confucionismo e Budismo: os caminhos da compaixão
1.2.2 A tragédia grega: preparar para a piedade
1.2.3 Herança hebraico-cristã: profecia da misericórdia
1.2.4 A empatia: uma unanimidade que remonta à era axial
1.3 A empatia como sentimento moral. Aprender a fraternidade
1.3.1 A educação dos sentimentos para a moralidade
1.3.2 A descoberta da empatia
1.3.3 As emoções sociáveis e insociáveis no discurso dos direitos humanos
1.3.4 O caso dos linchamentos no Brasil. Lidando com as emoções nos limites da moralidade
1.4 Retórica e emoções no discurso dos direitos humanos. Um desafio da democracia
1.4.1 As emoções nas declarações de direitos da modernidade. A natureza se impõe
1.4.2 As narrativas utopistas. O sonho da fraternidade
1.4.3 Emoções, revoluções e o caráter democrático do discurso dos direitos humanos
1.4.4 A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). Universalizar a empatia
1.5 Fraternidade e direitos humanos. O paradoxo das paixões
1.5.1 Entusiasmo e sofrimento emulam fraternidade
1.5.2 Os pacifistas e seus discursos: Martin Luther King e Mahatma Gandhi
1.5.2.1 Martin Luther King: A paixão pela humanidade
1.5.2.2 Mahatma Gandhi. A verdade no sofrimento
CAPÍTULO 2
FRATERNIDADE COMO IMPARCIALIDADE. O ETHOS DOS DIREITOS HUMANOS E AS EXIGÊNCIAS DA AUTORIDADE DISCURSIVA
2.1 Fraternidade e imparcialidade como justiça
2.1.1 A fraternidade é o ambiente da justiça
2.1.2 Imparcialidade e noções semelhantes de justiça
2.2 A fraternidade educa para a virtude da justiça
2.2.1 As virtudes do orador no discurso epidítico
2.2.2 Justiça como virtude e educação do auditório
2.2.3 Fraternidade como virtude. Uma moralidade universalizável
2.2.4 Virtude, educação e eficácia no convencimento
2.3 A autoridade discursiva dos protagonistas do discurso dos direitos humanos
2.3.1 Eleanor Roosevelt. Liderar no conflito
2.3.2. Charles Malik e P.C. Chang. Um paradigma de fraternidade universal
2.3.2.1 Charles Habib Malik. A razão como nota do humano
2.3.2.2 Peng Chun Chang. A consciência como nota do humano
2.3.2.3 Uma síntese da humanidade. Razão e consciência articulam o dever de fraternidade
2.3.3 René Cassin. Herdeiro da Revolução da fraternidade
2.3.3.1Uma ponte entre gerações, entre auditórios
2.3.3.2 Forjando as instituições internacionais de proteção dos direitos humanos
2.3.3.3 Da declaração à concretização, o desafio da representação e da lealdade
2.3.3.4 Educador da esperança
2.3.4 A fraternidade como ethos da DUDH (1948)
2.4 Fraternidade e o ethos constitucional
2.4.1 A fraternidade no constitucionalismo francês, entre particularismo e universalismo
2.4.1.1 A Constituição da fraternidade
2.4.1.2 A fraternidade republicana na interpretação e na prática constitucional
2.4.1.3 Cédric Hérrou. Uma vida coerente com a defesa dos direitos humanos a partir da fraternidade
2.4.2 A Revolução de Jasmim. Fraternidade na fragmentação
2.4.2.1 Mohamed Bouazizi, a eloquência do sofrimento
2.4.2.2 A Revolução de Jasmin e sua Constituição fraterna
2.4.2.3 A Primavera Árabe e seu discurso dos direitos humanos
CAPÍTULO 3
O LOGOS DOS DIREITOS HUMANOS: LIVRES, IGUAIS, FRÁGEIS E CAPAZES DE AMAR
3.1 A “regra de ouro”, a verdade e a pré-história dos direitos humanos
3.2 Jus Gentium e direitos humanos. A continuidade de uma tradição
3.2.1 Fraternidade universal e tradições normativas
3.2.1.1 A tradição asiática, o desafio ao individualismo e a força emancipatória dos direitos humanos
3.2.1.2 A racionalidade relacional árabe. Fraternidade universal como assabiyya
3.2.1.3 Ubuntu, justiça restaurativa e direitos humanos na África do Sul
3.2.2 Os direitos humanos como modo de vida. Honrando tradições, convencendo auditórios
3.2.2.1 O desafio da vida boa requer transformação. Os direitos humanos a partir de uma perspectiva “religiosa” da vida
3.2.2.2 Construir consensos no espaço da fraternidade
3.2.2.3 Os requisitos da razão prática na elaboração do discurso dos direitos humanos
3.3 Fraternidade universal e direito positivo universal. A Declaração Universal dos Direitos Humanos
3.4. Um discurso da fraternidade universal para os direitos humanos
3.4.1 A fraternidade como fundamento de direitos e deveres
3.4.2 Fraternidade e identidade, um desafio das revoluções e das constituições
3.5 Direitos humanos para humanos direitos. Quando a estupidez vence o debate público
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Um tema extremamente importante e muito atual.
Um tema extremamente importante e muito atual.