Os escritos reunidos no presente volume enfrentam o problema da realização do bem comum em uma sociedade regida pelo Direito, e o fazem com recurso ao conjunto das fontes da tradição ocidental, encontradas no pensamento grego, no cristianismo e no direito romano. A partir de tal horizonte, os autores examinam diferentes problemas impostos pela vida social e revelam, através dos seus esforços, a necessidade de retomada dos paradigmas que, através dos séculos, moldaram o modo de pensar dos juristas. Além da busca da concretização do ideal do bem comum e do recurso às fontes do pensamento jurídico tradicional, os trabalhos reunidos asseveram a necessidade do contato entre Direito e ética, sem o qual não é possível orientar e limitar o poder legiferante e a prática da jurisdição. Esses pressupostos pautam o exame de matérias tão distintas quanto educação, tratados internacionais e decisões das cortes superiores, e permitem a crítica aos que desejam reduzir o estudo e a prática do Direito à técnica e ferramenta dos poderes instituídos.
Editora: Editora Thoth
Categorias: Filosofia e História do Direito

Tags:

#Bem comum, #Direito e moral

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ISBN: 978-65-5959-513-6

IDIOMA: Português

NÚMERO DE PÁGINAS: 399

NÚMERO DA EDIÇÃO: 1

DATA DE PUBLICAÇÃO: Agosto/2023

Os escritos reunidos no presente volume enfrentam o problema da realização do bem comum em uma sociedade regida pelo Direito, e o fazem com recurso ao conjunto das fontes da tradição ocidental, encontradas no pensamento grego, no cristianismo e no direito romano. A partir de tal horizonte, os autores examinam diferentes problemas impostos pela vida social e revelam, através dos seus esforços, a necessidade de retomada dos paradigmas que, através dos séculos, moldaram o modo de pensar dos juristas. Além da busca da concretização do ideal do bem comum e do recurso às fontes do pensamento jurídico tradicional, os trabalhos reunidos asseveram a necessidade do contato entre Direito e ética, sem o qual não é possível orientar e limitar o poder legiferante e a prática da jurisdição. Esses pressupostos pautam o exame de matérias tão distintas quanto educação, tratados internacionais e decisões das cortes superiores, e permitem a crítica aos que desejam reduzir o estudo e a prática do Direito à técnica e ferramenta dos poderes instituídos.
ORGANIZADORES
AUTORES
APRESENTAÇÃO

PARTE I
OS FUNDAMENTOS CLÁSSICOS

CAPÍTULO 1
Glauco Barreira Magalhães Filho
REFLEXÕES SOBRE A ÉTICA ARISTOTÉLICA: CARACTERÍSTICAS, MÉTODO E CONSIDERAÇÕES ESTÉTICAS
Introdução
1 O campo teórico e o campo prático
2 Método Endoxal
3 Prudência e virtudes
4 Amizade
Considerações Finais

CAPÍTULO 2
Átila Amaral Brilhante
Francisco José Sales Rocha
ECONOMIA, POLÍTICA E BEM COMUM EM ARISTÓTELES
Introdução
1 Aristóteles, economia e filosofia prática
2 Política, bem comum e educação na cidade ideal
Conclusão

CAPÍTULO 3
Flávio José Moreira Gonçalves
SÓCRATES, PLATÃO E ARISTÓTELES ERAM DEMOCRATAS? UM BREVE CONTRAPONTO ENTRE SUAS CONCEPÇÕES POLÍTICAS E AS IDEIAS DE SOFISTAS DA PRIMEIRA GERAÇÃO
1 Contextualização e atualidade do problema do melhor regime político
2 Platão: Da desconfiança na democracia ao governo do mais sábio
3 A democracia e a sofística de primeira geração
4 Aristóteles: A democracia como forma corrompida ou impura de governo
5 Protágoras e o mito de Prometeu e Epimeteu: Proto-contratualismo e a defesa da democracia na sofística de primeira geração
Considerações finais: A necessidade de radicalização da experiência democrática contemporânea e suas dificuldades

CAPÍTULO 4
André Gonçalves Fernandes
LEI NATURAL E LEI POSITIVA: LIMITES, TENSÕES E CONVERGÊNCIAS
Introdução
Desenvolvimento
Considerações finais

CAPÍTULO 5
Fábio Cardoso Machado
O DIREITO E O JUSTO: CONTRIBUTOS CLÁSSICOS PARA UMA COMPREENSÃO JURISPRUDENCIALISTA DA NORMATIVIDADE JURÍDICA
Introdução
1 O justo dikaion e a justiça dikaiosyne
2 O direito como saber e critério daquilo que é justo
3 A lei, “uma certa regra da prudência”
4 Prioridade da realidade e do direito sobre a razão e a lei
5 Os critérios jurídicos: Precipitações circunstanciais precárias de um conhecimento prudencial do que é justo
Conclusão

CAPÍTULO 6
Dienny E. M. R. Pereira
Sandro Alex Simões
Victor Sales Pinheiro
OS INSTITUTOS ROMANOS IUS E FAS: CONTEXTO SOCIOJURÍDICO E AS PRINCIPAIS TESES SOBRE SUA ORIGEM E RELAÇÃO
Introdução
1 Instituições políticas e sociais fundamentais do direito quiritário
2 Teses sobre as origens do ius e do fas
2.1 Origem etimológica
2.2 Visão clássica
2.3 De Francisci
2.4 Beduschi
2.5 Orestano
2.6 De Francisci Revisado
2.7 Max Kaser
2.8 José Duarte Nogueira
Conclusão

PARTE II
O MEDIEVO E TRANSIÇÃO PARA A MODERNIDADE

CAPÍTULO 7
Milton Gustavo Vasconcelos Barbosa
Wilson Franck Junior
OS FUNDAMENTOS MORAIS DO DIREITO: SANTO AGOSTINHO E A REJEIÇÃO DO SACRIFICIALISMO ROMANO
Introdução
1 O sacrificialismo romano
1.1 A confusão original entre sacrifício e pena e a introdução da culpabilidade no direito romano do período antigo
1.2 Linchamento, sacrifício e pena: Antropologia do artigo 9º da Tábua III da Lei das XII Tábuas
1.2.1 Sacrifício e violência fundadora
1.3 O sacrifício de crianças
2 Santo Agostinho e a rejeição ao sacrificialismo romano
Conclusão

CAPÍTULO 8
Luís Carlos Silva de Sousa
GUERRA E PAZ EM TOMÁS DE AQUINO
Introdução
1 Contextualização: A tradição da doutrina da guerra justa
2 Pax est tranquillitas ordinis (STh. IIa-IIae, q. 29, aa. 1-2)
3 Guerra justa, lei natural e virtudes (Sth. IIa-IIae, q. 40, a. 1)
4 Paz e guerra justa (Sth. IIa-IIae, q. 40, a. 1 ad 3)
Conclusão

CAPÍTULO 9
Marcos Paulo Fernandes de Araújo
O EMBATE ENTRE OCKHAM E O PAPA JOÃO XXII QUANTO À QUESTÃO DO DOMINION NA QUERELA DA POBREZA FRANCISCANA: ALGUNS APONTAMENTOS HISTÓRICOS E JUSFILOSÓFICOS
Introdução
1 A querela da pobreza
1.1 Os primórdios da ordem
1.2 A bula Quo Elongati e o infiltração do elemento joaquimita na ordem
2. A ascensão dos Espirituais
3 O embate entre Ockham e João XXII
3.1 A bula Ad conditorem canonum e a reversão dos bens à ordem
3.2 A reação franciscana
3.3 Os argumentos de Ockham em relação ao dominium
Conclusão

CAPÍTULO 10
Marcus Boeira
A TEORIA DO TIRANICÍDIO NO DE REGE ET REGIS INSTITUTIONE DE JUAN DE MARIANA: CRITÉRIOS E EXIGÊNCIAS DE JUSTIÇA POLÍTICA
Introdução
1 Contexto histórico e cultural
2 De Rege et Regis Institutione: uma introdução
3 Do Tiranicídio
Conclusão

PARTE III
O CREPÚSCULO DA MODERNIDADE

CAPÍTULO 11
Ursula Anne Matthias
ESTADO, DIREITO E VALOR EM EDITH STEIN
Introdução
1 Da fenomenologia à teoria do Estado
2 A ontologia do Estado
3 O éthos que inspira os atos estatais
3.1 Sociedade e comunidade como fundamentos para o Estado
4 Aspectos axiológicos do Estado
Considerações finais

CAPÍTULO 12
Gilmar Siqueira
Victor Sales Pinheiro
CONSIDERAÇÕES SOBRE O PLATONISMO DE GADAMER
Introdução
1 O testemunho platônico na auto-apresentação de 1975
2 Lições do diálogo platônico
3 Noções platônicas em Verdade e Método
3.1 O significado da pergunta e seu significado hermenêutico
3.2 O círculo hermenêutico
3.3 A dimensão fenomenológica e ontológica do conceito platônico de beleza
4 Platonismo, sistema e hermenêutica em Schleiermacher
Considerações finais

CAPÍTULO 13
Flávio Daltro Lemos de Alencar
Direito natural clássico e tradicionalismo político no Brasil: José Soriano de Sousa, Alexandre Corrêa, J. P. Galvão de Sousa
1 Raízes da modernidade ideológica
2 Formação do tradicionalismo político
3 Propagação da terceira escolástica na Europa e no Brasil
4 José Soriano de Sousa, pioneiro do neotomismo no Brasil
5 Alexandre Corrêa e J. P. Galvão de Sousa: continuadores de Soriano

PARTE IV
PROBLEMAS CONTEMPORÂNEOS

CAPÍTULO 14
Ângela Vidal Gandra Martins
ÉTICA, DIREITO, POLÍTICA E BEM COMUM: UMA BREVE EXPERIÊNCIA
Introdução
1 Ética, direito, política e bem comum na esfera acadêmica
2 Estado democrático de direito como aspiração jurídico-política
3 Prática e proposição
Conclusão

CAPÍTULO 15
Antônio Colaço Martins Filho
DO BLOCO DE CERA AO ESPELHO NEGRO. OS PERIGOS DA ASCENSÃO DO PANOPTICON DIGITAL
Introdução
1 Breves apontamentos acerca do estudo da memória
2 Memória individual
2.1 Mneme
2.2 Recordação (anamnesis)
2.3 Esquecimento (amnêstia)
3 Memória coletiva
3.1 Conceito
3.2 Expressões ou manifestações da memória coletiva
3.3 Esquecimento social
3.4 Memória e identidade
3.5 Influência da memória coletiva sobre a memória individual
4 Memória digital
Considerações finais

CAPÍTULO 16
Samuel Sales Fonteles
SOBERANIA CONSTITUCIONAL E TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS NO BRASIL
Introdução
1 Um velho novo paradigma: constitucionalismo e soberania
2 A corrente do status supraconstitucional dos tratados de direitos humanos: A constituição negociada
2.1 A supraconstitucionalidade escamoteada dos tratados de direitos humanos à luz da lógica subjacente ao judicial review
3 A supraconstitucionalidade ostensiva dos tratados internacionais de direitos humanos: o argumento da livre adesão aos compromissos internacionais e da boa-fé objetiva (art. 27 da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados)
4 Um topos inegociável
4.1 A incorporação de tratados internacionais como ato complexo que deriva de poderes constituídos
5 A Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988: uma abordagem originalista
Conclusões

CAPÍTULO 17
Débora Lucia Lima Leite Mendes
EDUCAÇÃO PARA A JUSTIÇA, VIRTUDE E VIDA: POSTULADOS PLATÔNICOS E ARISTOTÉLICOS – SUA PRESENÇA PRÁTICO-PEDAGÓGICO E LEGAL NA CONTEMPORANEIDADE
Introdução
1 A paideia
2 Educação como um imperativo ético e direito necessário
Pressupostos Platônicos e Aristotélicos

CAPÍTULO 18
Rui Martinho Rodrigues
DIREITO, VALORES E EDUCAÇÃO
Introdução
1 A razão e a democracia
2 Educação, costumes e valores
3 Democracia, legitimidade e Direito
4 Democracia, matéria e forma do Direito
Algumas conclusões

CAPÍTULO 19
Antonio Jorge Pereira Júnior
Luan Cavalcanti Viana
PERSPECTIVA DO REALISMO JURÍDICO CLÁSSICO ACERCA DOS LIMITES DO STF NA CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA, DECISÃO DA ADO 26
Introdução
1 A ação direta de inconstitucionalidade por omissão N° 26
1.1 O Rito e os efeitos da decisão da ação direta de inconstitucionalidade por omissão
1.2 Síntese da Petição Inicial e das Informações do Senado Federal e da Câmara dos Deputados
1.3 Síntese do voto do Ministro Relator
2 O realismo jurídico clássico
2.1 O sentido realista do direito e da justiça
2.2 O Ofício de Jurista
2.3 O papel da prudência na decisão judicial
3 Análise do voto do ministro relator sob a perspectiva do realismo jurídico clássico
3.1 Discernimento do título jurídico
3.2 Perspectiva jurídica versus perspectiva do poder
Conclusão
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