A doutrina do “Estado de Coisas Inconstitucional” (ECI), originária da Corte Constitucional da Colômbia, foi trazida para a jurisprudência brasileira na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 347/2015, que versa sobre a crise do sistema prisional no país. Cuida-se, o ECI, de tema que se insere no contexto de estudo dos denominados “litígios estruturais” e do modelo de intervenção judicial que a reiterada violação de direitos fundamentais de um número plural de pessoas demanda. A identificação dessa nova categoria de litigância (estrutural) teve origem no paradigmático caso Brown vs. Board of Education de 1954 e nos seus desdobramentos para a tutela jurisdicional de viés coletivo e interesse público nos Estados Unidos, que vieram a influenciar mais tarde o ativismo de cortes constitucionais do Sul Global. Partindo da pesquisa do direito comparado, busca-se, neste livro, estabelecer em que medida o emprego de conceitos e mecanismos procedimentais inova dores como o ECI afetará o exercício da jurisdição constitucional brasileira, em especial no que concerne à atuação do Estado-Juiz na resolução de litígios estruturais. Para tanto, adota-se a premissa de que a ADPF 347/2015, que reconheceu o ECI do sistema carcerário, pode servir de “leading case” para processos estruturais no âmbito da jurisdição ordinária.
Editora: Editora Thoth
Categorias: Direito Constitucional

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#Estado de Coisas Inconstitucional, #Litígios Estruturais, #processo estrutural

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ISBN: 978-65-5959-940-0

IDIOMA: Português

NÚMERO DE PÁGINAS: 214

NÚMERO DA EDIÇÃO: 2

DATA DE PUBLICAÇÃO: outubro/2024

A doutrina do “Estado de Coisas Inconstitucional” (ECI), originária da Corte Constitucional da Colômbia, foi trazida para a jurisprudência brasileira na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 347/2015, que versa sobre a crise do sistema prisional no país. Cuida-se, o ECI, de tema que se insere no contexto de estudo dos denominados “litígios estruturais” e do modelo de intervenção judicial que a reiterada violação de direitos fundamentais de um número plural de pessoas demanda. A identificação dessa nova categoria de litigância (estrutural) teve origem no paradigmático caso Brown vs. Board of Education de 1954 e nos seus desdobramentos para a tutela jurisdicional de viés coletivo e interesse público nos Estados Unidos, que vieram a influenciar mais tarde o ativismo de cortes constitucionais do Sul Global. Partindo da pesquisa do direito comparado, busca-se, neste livro, estabelecer em que medida o emprego de conceitos e mecanismos procedimentais inova dores como o ECI afetará o exercício da jurisdição constitucional brasileira, em especial no que concerne à atuação do Estado-Juiz na resolução de litígios estruturais. Para tanto, adota-se a premissa de que a ADPF 347/2015, que reconheceu o ECI do sistema carcerário, pode servir de “leading case” para processos estruturais no âmbito da jurisdição ordinária.
SUMÁRIO
SOBRE A AUTORA
APRESENTAÇÃO À 2ª EDIÇÃO
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
LITÍGIOS ESTRUTURAIS NO CONTEXTO ESTADUNIDENSE: ORIGENS E PERSPECTIVAS DE UMA GESTÃO PROCESSUAL ATIVA E DIALÓGICA
1.1 Segregação racial e judicial review nos Estados Unidos: o contexto histórico-social que dá origem a Brown vs. Board of Education
1.2 Brown vs. Board of Education na Suprema Corte Estadunidense: o leading case dos litígios estruturais e as “novas” (velhas) formas de judicial remedy
1.3 A prision reform litigation e o managerial judging: as novas tarefas gerenciais para uma gestão processual ativa
1.4 Os modelos de gestão processual e a eficiência da abordagem judicial catalisadora: por um processo deliberativo para a formulação da reforma estrutural
1.5 Experimentalismo e accountability judicial: direitos de desestabilização e judicialização da política na moderna structural reform litigation
CAPÍTULO 2
LITÍGIOS ESTRUTURAIS NO CONTEXTO DO SUL GLOBAL: CONSTITUCIONALISMO TRANSFORMADOR E ATIVISMO DIALÓGICO DA COLÔMBIA À ÁFRICA DO SUL
2.1 Litígios estruturais e proteção dos direitos sociais na colômbia: a tomada de decisão participativa e o surgimento da doutrina do “estado de coisas inconstitucional”
2.2 O “Estado de Coisas Inconstitucional” dos desplazados: a sentencia T-025/2004 como paradigma para uma gestão judicial ativa e dialógica
2.3 Ativismo dialógico e experimentalist regulation: a mesma face da mesma moeda e o valor da abordagem judicial catalisadora deliberativa
2.4 Ativismo dialógico entre a democracia deliberativa e o constitucionalismo transformador: legitimidade e accountability judicial na resolução de litígios estruturais
2.5 Constitucionalismo transformador e active judicial management na áfrica do sul: o “meaningful engagement” e os impactos da tomada de decisão participativa
CAPÍTULO 3
LITÍGIOS ESTRUTURAIS E REVISÃO JUDICIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL: DO MONÓLOGO AO DIÁLOGO E DO “ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL” À GESTÃO DEMOCRÁTICA DO PROCESSO
3.1 Revisão judicial de políticas públicas e proteção dos direitos fundamentais prestacionais no Brasil: da justiça individual à coletiva e ao largo do diálogo
3.2 Litígios estruturais entre o controle de constitucionalidade difuso e o abstrato: possibilidades e legitimidade do processo coletivo estrutural brasileiro
3.3 Litígios irradiados de reforma estrutural e o managerial judging traduzido em “town meetings”: perspectivas para uma nova racionalidade procedimental e o (novo) papel das audiências públicas
3.4 A ADPF 347 e o “Estado de Coisas Inconstitucional” do sistema carcerário brasileiro: o leading case dos litígios estruturais e as expectativas em torno da atuação do STF
3.5 Processos de insolvência e lições de case management: a possível aplicação do modelo de “Gestão Democrática do Processo” na superação do “Estado de Coisas Inconstitucional”
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS

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