ISBN: 978-65-86300-93-2
IDIOMA: Português
NÚMERO DE PÁGINAS: 90
NÚMERO DA EDIÇÃO:
DATA DE PUBLICAÇÃO: Abril/2021
Arbitragem e coisa julgada são institutos jurídicos que envolvem uma enorme gama de conceitos. Ao conjugá-los o autor inseriu o conceito da coisa julgada na sistematização da Lei n° 9.307/1996, que regulamenta os processos arbitrais em território nacional. Esse é o propósito da obra: analisar a coisa julgada à luz de conceitos relativos à solução privada de litígios, calcada na integração de conceitos e valores dos institutos jurídicos examinados. A análise conjunta dos institutos implicou acréscimo de complexidade ao estudo realizado pelo autor, pois, se de um lado o Código de Processo Civil define a coisa julgada, a Lei 9.307/96, de outro, é omissa quanto ao tema. Na doutrina, a temática também não é suficientemente explorada e tende a equiparar a coisa julgada arbitral à estatal, sem perscrutar as peculiaridades que envolvem e diferenciam as decisões proferidas em sede de arbitragem, como resultado de um processo de origem convencional. O autor parte das premissas de que o árbitro é juiz de fato e de direito, e que a sentença arbitral, na condição de título executivo judicial, deve zelar pela observância dos Princípios Constitucionais do Processo, em especial o contraditório e a igualdade das partes, para assegurar um julgamento imparcial, independente, válido e, principalmente, eficaz perante a ordem jurídica.
SOBRE O AUTOR
AGRADECIMENTOS
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
Capítulo 1
Arbitragem e coisa julgada no Brasil. Breve indicação histórica e panorama legislativo atual
1.1 O caráter jurisdicional da arbitragem e a formação da coisa julgada
Capítulo 2
Os limites da interpretação da garantia da coisa julgada no âmbito da arbitragem
2.1 Coisa julgada arbitral, efeitos da sentença. A aplicação da coisa julgada em sede de arbitragem
2.2 Coisa julgada como princípio e a redação falha – ou incompleta – do artigo 31 da Lei 9.307/96
2.3 A coisa julgada arbitral enquanto pressuposto processual negativo
2.4 Conclusões parciais
Capítulo 3
Processo arbitral, elementos identificadores da ação e coisa julgada
3.1 Partes, causa de pedir e pedido: os elementos da ação e sua íntima ligação com a coisa julgada
3.1.1 Termo de arbitragem
3.1.2 Identidade de partes
3.1.2.1 A identidade de partes tratada nos limites e peculiaridades do juízo arbitral à luz das hipóteses de transmissão e extensão da cláusula compromissória
3.1.2.2 Terceiros e sua integração ao procedimento arbitral
3.1.3 Identidade de causa de pedir
3.1.3.1 A arbitrabilidade
3.1.4 Identidade de pedido
3.2 Graus de identidade entre as ações
3.2.1 Crítica à aplicabilidade da teoria da tríplice identidade para fins de identificação da coisa julgada
3.2.2 Coisa julgada, conexão e continência entre arbitragens
3.3 Coisa julgada, relação entre demandas e o dever de revelação
Capítulo 4
Trânsito em julgado e coisa julgada arbitral
4.1 Da possibilidade de as partes estabelecerem o momento do trânsito em julgado para fins de início dos efeitos da sentença. O trânsito em julgado convencional – ou convencionado
Capítulo 5
A eficácia da coisa julgada arbitral
5.1 A posição do árbitro frente à eficácia da coisa julgada
5.2 Eficácia negativa da coisa julgada à luz da Lei de Arbitragem
5.3 Eficácia positiva da coisa julgada à luz da Lei de Arbitragem
5.4 A eficácia preclusiva da coisa julgada à luz da Lei de Arbitragem
5.5 Conclusões parciais
Capítulo 6
Limites da coisa julgada arbitral
6.1 Limites territoriais. O conceito de sentença arbitral estrangeira
6.2 Limites temporais
6.3 Limites subjetivos da coisa julgada arbitral
6.3.1 Arbitragem e a extensão da coisa julgada em favor de terceiro
6.3.2 A coisa julgada arbitral no âmbito da administração pública
6.4 Limites objetivos da coisa julgada arbitral
6.4.1 Arbitragem e coisa julgada sobre questão
6.4.2 Arbitragem, coisa julgada e precedentes judiciais
6.4.2.1 Os precedentes judiciais sobre arbitragem
6.4.2.2 Arbitragem e os precedentes judiciais
6.4.2.3 Os precedentes arbitrais
6.5 Conclusões parciais
Capítulo 7
Há possibilidade de disposição das partes a permitir situações de paralelismo processual?
7.1 A impugnação da sentença arbitral e a formação da coisa julgada
7.2 O objeto da ação declaratória de nulidade e a possibilidade de cumulação e julgamento do mérito pelo juiz togado. Revisão judicial da sentença arbitral transitada em julgado
7.3 A revisão da coisa julgada arbitral via impugnação ao cumprimento de sentença
7.4 A sentença arbitral parcial. a formação de coisa julgada arbitral progressiva. O princípio da unidade da sentença versus a pluralidade das questões de mérito
7.4.1 Coisa julgada e pedido de esclarecimentos da sentença arbitral
7.4.1.1 O(s) efeito(s) do pedido de esclarecimentos
7.4.1.2 O pedido de esclarecimentos no contexto de cumulação de pedidos, trânsito em julgado da sentença arbitral parcial. Interesse de agir para a propositura de ação de declaração da nulidade da sentença arbitral parcial
7.5 A impossibilidade – e mesmo a imprecisão técnica – da comparação entre a ação declaratória de nulidade (artigo 33 da lei 9.307/96) e rescisória (artigos 966 a 975 do Código de Processo Civil)
Capítulo 8
O conflito entre coisas julgadas
8.1 A posição do árbitro frente à coisa julgada
Capítulo 9
Coisa julgada arbitral e litispendência. Distinções e semelhanças no tratamento dos institutos
9.1 Breve estudo acerca da litispendência arbitral, considerando a semelhança de seus efeitos aos efeitos da coisa julgada
9.1.1 O momento da instauração da arbitragem e seus efeitos para fins de reconhecimento da existência de coisa julgada e/ou de litispendência arbitral
9.1.2 A litispendência entre o processo arbitral e estatal. Métodos de solução
9.1.3 O princípio da “perpetuatio jurisdicionis” aplicado à arbitragem
9.1.4 A litispendência recursal e o princípio da “perpetuatio jurisdicionis”
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA