ISBN: 978-65-5959-991-2
IDIOMA: Português
NÚMERO DE PÁGINAS: 275
NÚMERO DA EDIÇÃO: 1
DATA DE PUBLICAÇÃO: 28/01/2025
A última década do século XX consagrou a democracia como a fórmula vencedora da Guerra Fria e a ideia de que, da queda do Muro de Berlim em diante, prevaleceria no mundo em conjunto com o capitalismo de livre mercado. A tese parecia ser corroborada pelo movimento da terceira onda democrática, bem descrita por Huntington, que identificou relevante afluxo de transições políticas em países da América Latina e Leste Europeu nos anos noventa. A impressão à época era que o mundo estava se tornando democrático. Presenciar a história e ao mesmo tempo analisá-la é um risco para qualquer pesquisador, mas há fortes indicativos de que a visão triunfalista da democracia não se confirmou. O mundo contemporâneo aponta para um quadro de reversão democrática, caracterizada pelo desencantamento geral com a democracia e, paralelamente, com a ascensão do populismo e do nacionalismo em alguns países.
ORGANIZADOR
AUTORES
APRESENTAÇÃO
PREFÁCIO
CAPÍTULO 1
O PAPEL DO JUDICIÁRIO NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
BRUNO CÉSAR LORENCINI
INTRODUÇÃO
1 O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COMO OBJETIVO PROGRAMÁTICO DA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA
2 POLÍTICAS PÚBLICAS DE DESENVOLVIMENTO E O PAPEL DO JUDICIÁRIO
3 FUNÇÕES DO JUDICIÁRIO NO CAMPO DAS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 2
A FINALIDADE DEMOCRÁTICA DO FORO PRIVILEGIADO PARLAMENTAR NO BRASIL
KAWAN MANDÚ RODRIGUES DA SILVA
INTRODUÇÃO
1 DISCIPLINA CONSTITUCIONAL E FINALIDADE DO FORO PRIVILEGIADO PARLAMENTAR
2 FORO PRIVILEGIADO PARLAMENTAR NA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
3 ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO FORO PRIVILEGIADO PARLAMENTAR NO BRASIL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 3
PROCESSOS DISCRIMINATÓRIOS E DEMOCRACIA REPRESENTATIVA: CRÍTICAS À AUSÊNCIA DE PESSOAS NEGRAS NO CONGRESSO NACIONAL
ADRIELLY MARCEL SILVA NUNES
PAULO HENRIQUE MALDANIS FERREIRA
INTRODUÇÃO
3.1 Intersecção entre representatividade e relações raciais no Congresso Nacional
3.2 Processos discriminatórios e democracia participativa: em busca da concretização dos direitos políticos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 4
O FIM DOS PARTIDOS POLÍTICOS? AS CRÍTICAS ÀS SUAS DISFUNCIONALIDADES NO CENÁRIO BRASILEIRO
ALEXANDRE SANSON
MICHELLE ASATO JUNQUEIRA
INTRODUÇÃO
1 CONCEITO DE PARTIDOS POLÍTICOS
2 O PAPEL DOS PARTIDOS NA DEMOCRACIA
3 AS DISFUNCIONALIDADES DOS PARTIDOS NO CENÁRIO BRASILEIRO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 5
A BUSCA DA LEGITIMIDADE DEMOCRÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ANA FLÁVIA MESSA
1 PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO COMO DIMENSÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
2 EXPANSÃO DA DEMOCRACIA: EFEITO IRRADIANTE DO PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO
3 A BUSCA DA LEGITIMIDADE DEMOCRÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
4 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DEMOCRÁTICA
5 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DELIBERATIVA: A TRANSPARÊNCIA NA JUSTIFICAÇÃO TEÓRICA DO DISCURSO DE ABERTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO CONTEXTO BRASILEIRO
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 6
FUNDAMENTO DEMOCRÁTICO DO ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NA PERSPECTIVA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
ANTONIO JOÃO PALHANO DE OLIVEIRA
INTRODUÇÃO
1 O ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL NO CONTEXTO DA JUSTIÇA PENAL NEGOCIADA
2 ELEMENTOS DO ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL QUE SE APROXIMAM E SE DISTANCIAM DOS INSTITUTOS DA COMPOSIÇÃO CIVIL DO DANO, TRANSAÇÃO PENAL, SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO E DA DELAÇÃO PREMIADA
3 VERTENTES DOUTRINÁRIAS SOBRE A JUSTIÇA PENAL NEGOCIADA NO PRISMA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
4 O ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL COMO INSTRUMENTO DEMOCRÁTICO DE ADEQUAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS AO MUNDO CONTEMPORÂNEO, NISSO CONSISTINDO O ELEMENTO DE ADEQUAÇÃO AO DEVIDO PROCESSO LEGAL PREVISTO NO ARTIGO 5º, INCISO LIV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 7
GOVERNABILIDADE, INSTITUCIONALIDADE E DEMOCRACIABREVES REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DO PODER E OS LIMITES DO JUDICIÁRIO
ELON CAROPRESO HERRERA
INTRODUÇÃO
1 A DIFÍCIL CONCEITUAÇÃO DE GOVERNABILIDADE E O SISTEMA DE METAS CONSTITUCIONAIS
2 EXERCÍCIO DO PODER, OS SISTEMAS DE GOVERNO POSSÍVEIS E OS ARRANJOS FORMAIS-INSTITUCIONAIS
3 O DEBATE ENVOLVENDO OS LIMITES DO PODER JUDICIÁRIO E A CRISE DEMOCRÁTICA
4 CRISE DE GOVERNABILIDADE E O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 8
COURT-PACKING COMO INSTRUMENTO DE CONSTITUCIONALISMO ABUSIVO
GLAUCO COSTA LEITE
INTRODUÇÃO
1 RESILIÊNCIA CONSTITUCIONAL E CONSTITUCIONALISMO ABUSIVO
2 COURT-PACKING
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 9
A INCONSTITUCIONALIDADE DA DESINCOMPATIBILIZAÇÃO ELEITORAL (NÃO-REMUNERADA) DOS CONSELHEIROS TUTELARES
GABRIEL VIEIRA TERENZI
LETÍCIA SCHEIDT GREGIANIN
INTRODUÇÃO
1 DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS E SUAS FONTES JUSTIFICADORAS DE INCIDÊNCIA
2 O CONSELHEIRO TUTELAR E SEU REGIME JURÍDICO
3 A INCOMPATIBILIDADE DO CONSELHEIRO TUTELAR DE ACORDO COM O PRINCÍPIO DA IGUALDADE DE OPORTUNIDADES NAS COMPETIÇÕES ELEITORAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 10
BLOCKCHAIN: UMA NOVA FERRAMENTA PARA ELEIÇÕES
PEDRO HENRIQUE MARQUES DA CUNHA
INTRODUÇÃO
1 DEMOCRACIA E ELEIÇÕES
1.1 Natureza jurídica do voto
2 SISTEMA DE VOTAÇÃO BRASILEIRO
2.1 Implementação da Urna Eletrônica
2.2 Procedimentos de votação
2.3 Críticas a urna eletrônica
3 BLOCKCHAIN
3.1 Blockchain: conceito
3.2 Blockchain: funcionamento
3.3 Por que o blockchain é necessário?
3.4 Blockchain e eleições
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 11
URNAS ELETRÔNICAS, VOTO IMPRESSO AUDITÁVEL E E-VOTO: HÁ UM MEIO TERMO ADEQUADO AO CENÁRIO CONSTITUCIONAL BRASILEIRO?
WAGNER WILSON DEIRÓ GUNDIM
INTRODUÇÃO
1 FÓRMULAS INSTITUCIONAIS DE CÔMPUTO DE VOTOS: URNAS ELETRÔNICAS, VOTO IMPRESSO AUDITÁVEL E E-DEMOCRACIA
2 A NECESSÁRIA AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CÔMPUTO DE VOTOS À LUZ DO DIREITO À INCLUSÃO DIGITAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 12
OS DIREITOS POLÍTICOS DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA BRASILEIRA: um estudo sobre o direito dos presos provisórios ao exercício de voto
BRUNO CESAR LORENCINI
ANA LUISA HENRIQUES CORONATTO
ENEAMIR VIEIRA
NATÁLIA VICTÓRIA LLORENTE ARIZA
PEDRO HENRIQUE MARQUES DA CUNHA
INTRODUÇÃO
1 PRESO PROVISÓRIO E O DIREITO AO VOTO
2 REGULAMENTAÇÕES SOBRE O DIREITO AO EXERCÍCIO DE VOTO POR PARTE DE PRESOS PROVISÓRIOS
2.1 Atos normativos do TSE versam sobre os procedimentos eleitorais para presos provisórios
3 O EXERCÍCIO DE VOTO POR PRESOS PROVISÓRIOS
3.1 Considerações iniciais
3.2 Considerações sobre a população carcerária brasileira
3.3 Considerações metodológicas sobre a população de presos provisórios
3.4 Considerações metodológicas sobre os dados de exercício de voto pelos presos provisórios no Brasil.
3.5 Análise dos dados de urnas disponibilizadas para exercício ao voto dos presos provisórios.
4 COMPARAÇÃO SOBRE O EXERCÍCIO DO DIREITO AO VOTO PELOS PRESOS PROVISÓRIOS VIS-À-VIS A POPULAÇÃO GERAL, NAS ELEIÇÕES DE 2016, 2018 E 2020
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS