ISBN: 978-65-5959-174-9
IDIOMA: Português
NÚMERO DE PÁGINAS: 280
NÚMERO DA EDIÇÃO: 1ª Edição
DATA DE PUBLICAÇÃO: Novembro/2021
A constitucionalização do direito civil ganhou força no Brasil principalmente após a promulgação da Constituição de 1988. O Direito Civil construído no século XX precisava se amoldar aos valores da Constituição Cidadã, principalmente ao seu vértice axiológico: a pessoa humana e sua dignidade. No transcorrer de mais de três décadas a metodologia se consolidou, sem descuidar dos necessários avanços em razão das transformações sociais, tecnológicas e econômicas. A constituição em sua dimensão prospectiva nos desafia a promover uma construção hermenêutica do direito civil no ordenamento jurídico constitucional que reverta em benefício das pessoas e de suas relações coexistenciais, promovendo autonomia, liberdade, dignidade, redução das desigualdades e desenvolvimento pessoal. A obra aborda justamente a consolidação de um direito civil na legalidade constitucional e suas perspectivas para o porvir, tendo em vistas as tensões entre os diversos valores constitucionais e apontando para um estado já posterior à constitucionalização do direito civil, isto é, que não a supera, mas a complementa conforme as demandas sociais emergentes. Com abordagem voltada à teoria geral, aos direitos da personalidade, aos contratos, à responsabilidade civil, à propriedade, às famílias, às sucessões e ao processo civil, o livro oferece uma visão panorâmica e atual do Direito Civil, sensível às necessidades dos seus destinatários finais: as pessoas e suas relações.
ORGANIZADORES
AUTORES
APRESENTAÇÃO
PREFÁCIO
CAPÍTULO 1
Paulo Nalin
Karen Venazzi
Lygia Maria Copi
INTRODUÇÃO SOBRE A METODOLOGIA CIVIL CONSTITUCIONAL E A SUA PÓS-CONSTITUCIONALIZAÇÃO
CAPÍTULO 2
Isabella Silveira de Castro
Juliana Carvalho Pavão
PESSOA HUMANA E DIREITO CIVIL: AUTONOMIA E VULNERABILIDADE PÓS-CONSTITUCIONAIS
1 Dignidade da pessoa humana e o direito civil
2 Pessoa e autonomia
2.1 Transformações da concepção de autonomia em decorrência do Direito Civil Constitucional
2.2 Novos panoramas da autonomia frente as novas tecnologias
2.3 O compromisso constitucional de promoção da capacidade e da acessibilidade
2.4 Rumo à efetividade da curatela sob medida
2.5 Tomada de decisão apoiada e mecanismos de apoio ao exercício da capacidade
3 A tutela da pessoa humana
3.1 A proteção das vulnerabilidades
3.2 Infância e juventude
3.3 Pessoa e dados pessoais
3.4 Negócios biojurídicos
3.5 A pessoa entre a vida e a morte
CAPÍTULO 3
Marcus Paulo Röder
Pedro Henrique Carvalho da Costa
A FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO APÓS A LEI DE LIBERDADE ECONÔMICA
1 O fenômeno da funcionalização do direito
2 A função social do contrato
3 A função social do contrato após a Lei Nº 13.874/2019
CAPÍTULO 4
Rafaella Nogaroli
Vitor Ottoboni Pavan
VIOLAÇÃO E RESPONSABILIDADE
1 Uma perspectiva funcional da responsabilidade civil
1.1 Confluências entre liberalismo e responsabilidade civil: liberdade, patrimônio e indivíduo
1.2 A construção de uma teoria focada na vítima: a importância da Escola do Direito de Danos para a expansão da função reparatória
1.3 A tutela integral da pessoa como fundamento da responsabilidade civil: uma abertura à polifuncionalidade
2 O direito fundamental à proteção de dados pessoais e a responsabilidade civil na sociedade da informação
2.1 Danos a dados pessoais: natureza da responsabilidade civil a partir da perspectiva civil-constitucional
2.2 As funções da responsabilidade civil na Lei Geral de Proteção de Dados
2.3 Perspectiva dos rumos da responsabilidade civil enquanto instrumento garantidor da liberdade e privacidade
CAPÍTULO 5
Heloisa Führ Bonamigo
Jamile Maria Gondek Provensi
PROPRIEDADE E SITUAÇÕES JURÍDICAS PATRIMONIAIS
1 Propriedade e situações jurídicas patrimoniais: da abstração à funcionalização
2 Função social da propriedade segundo a Constituição da República de 1988
3 Situações jurídicas patrimoniais urbanas na contemporaneidade
3.1 Função social da propriedade e a ocupação dos espaços urbanos
3.2 Função socioambiental nas cidades e propriedade
3.3 Função social da propriedade e título aquisitivo
4 Situações jurídicas patrimoniais rurais na contemporaneidade
4.1 Descumprimento da função social da propriedade e da posse agrária
4.2 Impenhorabilidade da pequena propriedade rural
4.3 Propriedade como garantia do crédito rural e o risco da aquisição de terras por estrangeiros
5 Interesses privatísticos e atendimento à função social da propriedade
CAPÍTULO 6
Hermano Victor Faustino Câmara
Mariana Barsaglia Pimentel
A(S) FAMÍLIA(S) NA PÓS-CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL
1 A travessia: as contribuições da metodologia do direito civil-constitucional no direito de família
2 Levando a autonomia privada a sério: o direito de família na pós-constitucionalização do direito civil
2.1 Autonomia privada e conjugalidades
2.1.1 Para além da monogamia: famílias simultâneas e relacionamentos poliafetivos
2.1.2 A contratualização do Direito de Família: a potencialidade ampliada do pacto antenupcial e do contrato de namoro
2.2 Autonomia privada e planejamento familiar
2.2.1 Planejamento familiar e adoção intuitu personae do nascituro
2.2.2 Autonomia privada e a necessária regulação do parto anônimo
CAPÍTULO 7
Bruna de Oliveira Cordeiro Hanthorne
Hugo Sirena
Marília Tizzot Borges da Cruz
O DIREITO SUCESSÓRIO E A RESSIGNIFICAÇÃO DAS LIBERDADES NA PÓS-CONSTITUCIONALIZAÇÃO
1 Notas gerais do direito sucessório contemporâneo
2 Do início ao fim: a morte enquanto pressuposto hereditário
3 A figura central dos herdeiros na sistemática sucessória
4 A ressignificação do direito sucessório pela autonomia privada
5 Novos paradigmas a serem alcançados pelas sucessões
CAPÍTULO 8
Felipe Barreto Marçal
DIREITO CIVIL PÓS-CONSTITUCIONAL E PROCESSO
1 O direito material e o direito processual como “eixos coaxiais”, convergentes
2 Como a metodologia civil-constitucional afeta os parâmetros de reparação
3 A erosão dos elementos da responsabilidade: da irrelevância e das presunções às probabilidades
4 A aleatoriedade e a imprecisão na quantificação de lucros cessantes e de outros danos decorrentes da perda de uma chance (prejuízos eventuais)
5 A “prova estatística” (ou o método estatístico de prova)
5.1 A “prova estatística” é um meio atípico de prova?
6 Contribuições da “prova estatística” para uma melhor apuração dos prejuízos eventuais
REFERÊNCIAS