ISBN: 978-65-5959-059-9
IDIOMA: Português
NÚMERO DE PÁGINAS: 220
NÚMERO DA EDIÇÃO: 1ª Edição
DATA DE PUBLICAÇÃO: Maio/2021
O gás natural desempenha um papel de destaque na matriz energética mundial, com uma participação de 24,2% no consumo de energia primária global. O consumo de gás natural deverá continuar a crescer na próxima década, em particular nas economias emergentes, em substituição a energias mais poluentes como o carvão e derivados de petróleo e, também, na complementação das energias renováveis, na chamada transição energética.
Ao longo dos últimos 20 anos, a União Europeia editou diversas diretrizes para os setores de gás e eletricidade, visando inicialmente liberalizar os mercados de energia dos países membros, e em última instância, criar um mercado energético comum e competitivo, para garantir a segurança do abastecimento interno.
Tendo em vista o caráter de monopólio natural das atividades de transporte de gás natural e, visando em última instância facilitar a competição e proporcionar ao consumidor a liberdade de escolha de seu suprimento, as diretrizes europeias realizaram ajustes no setor, de forma a torná-lo mais transparente, isonômico e desverticalizado, proibindo condutas anticoncorrenciais.
No caso do Brasil, a despeito da abertura do mercado de petróleo e gás natural ter se iniciado em 2009 com a publicação da Lei do Gás, somente em 2016, esse tema ganhou novos contornos.
A presente obra, vem, portanto, em um momento oportuno para o Brasil, por propiciar uma análise detalhada dos principais elementos relativos à regulamentação do transporte de gás natural e essential facilities na Europa e, em particular, em Portugal, à luz das propostas que estão em desenvolvimento no país.
SOBRE O AUTOR
AGRADECIMENTOS
ADVERTÊNCIAS
PREFÁCIO I
PREFÁCIO II
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
LISTA DE SÍMBOLOS
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
BREVE HISTÓRIA DA UTILIZAÇÃO DO GÁS NATURAL COMO FONTE DE ENERGIA
1.1 A inserção do gás natural nos mercados europeu e português
1.2 A inclusão do gás natural no mercado brasileiro
1.3 O gás natural como energia sustentável e os seus desafios no futuro
CAPÍTULO 2
A CRISE DA INTERVENÇÃO DO ESTADO NO FUNCIONAMENTO DOS MERCADOS
2.1 O Estado Keynesiano e o nascimento do Welfare State
2.2 Os anos de 1970 e a crise do Estado Intervencionista
2.3 A mudança do papel do Estado e o surgimento do Estado Regulador
2.4 O Estado e a regulação do gás natural
CAPÍTULO 3
A REGULAÇÃO DO TRANSPORTE DE GÁS NATURAL NA UNIÃO EUROPEIA
3.1 Enquadramento legal da introdução do gás natural na União Europeia
3.2 A liberalização do setor e a separação das atividades na indústria do gás natural (unbundling)
3.3 Os reflexos concorrenciais da reorganização do transporte de gás natural
3.4 Atuais regulações do setor de gás natural
CAPÍTULO 4
A REGULAÇÃO DO TRANSPORTE DE GÁS NATURAL EM PORTUGAL
4.1 Panorama econômico até as nacionalizações das empresas em Portugal
4.2 Das nacionalizações até o início das privatizações do setor de gás natural
4.3 A reforma dos setores empresariais até as privatizações em 1999
4.4 A reforma da atividade de gás natural em Portugal
4.4.1 O direito de acesso a terceiros (third party access)
4.5 O cenário atual do gás natural e o seu crescimento em Portugal
CAPÍTULO 5
A REGULAÇÃO DO TRANSPORTE DE GÁS NATURAL NO BRASIL
5.1 Panorama econômico do Brasil até a desestatização das empresas públicas
5.2 A Lei do Gás e a regulação da atividade de transporte no Brasil
5.3 A participação monopolista da Petrobras no setor produtivo e os problemas concorrenciais
5.3.1 O abuso da posição dominante da Petrobras e o TCC firmado com o CADE
5.4 O “Gás para Crescer” e as propostas de desverticalização do setor de transporte de gás natural
5.5 O Novo Mercado de Gás e as propostas de separação do transporte de gás natural
5.6 O Decreto n.º 9.616, de 17 de dezembro de 2018, e os reflexos na implementação do unbundling no transporte de gás natural no Brasil
CAPÍTULO 6
PROBLEMAS CONCORRENCIAIS DE ACESSO AOS GASODUTOS EM PORTUGAL E NO BRASIL
6.1 Integração vertical nas indústrias de rede
6.1.1 Self-dealing
6.2 A dificuldade de acesso às essential facilities
6.3 Condutas anticoncorrenciais e abusivas verificadas nas empresas dominantes no setor de gás natural
6.4 Medidas legais e infralegais adotadas em Portugal e no Brasil para a implementação da desverticalização setorial
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS