ISBN: 978-65-5959-109-1
IDIOMA: Português
NÚMERO DE PÁGINAS: 370
NÚMERO DA EDIÇÃO:
DATA DE PUBLICAÇÃO: julho/2021
Composta por 50 artigos e organizada pelas professoras Ana Claudia Pompeu Torezan Andreucci, e Michelle Asato Junqueira, a coletânea é resultante de intensos estudos e debates do Grupo de Pesquisa CNPq Criadirmack: o direito à vez e voz de crianças e adolescentes, da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, congregando alunos, professores e pesquisadores da temática, bem como acadêmicos, professores e pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento de renomadas Instituições brasileiras, especialistas nas temáticas relativas ao Estatuto da Criança e do Adolescente. O denominador comum entre todos os que participaram é lançar olhares questionadores, olhares projetivos e incomodados com descompassos por meio de debates acadêmicos. Isso é fazer ciência, é tornar visível, o invisível, apresentando a dissonância entre as normativas dogmáticas protetivas e o mundo da vida, da ambiência cotidiana que nos apresentam múltiplas narrativas de negligências e descasos que são muitas vezes naturalizados pela sociedade e suas instituições, que antes de proteger crianças e adolescentes como vulneráveis, os rechaçam como “menores” acentuando suas diferenças e ratificando desigualdades, sempre encobertas pelo silêncio. Dar visibilidade ao tema, de forma transdisciplinar, é de extrema necessidade para tornar possível a articulação de diferentes atores sociais, rompendo com o ciclo da desigualdade, da violência e da injustiça social, buscando sempre uma agenda projetiva com ampla participação popular e na busca constante da implementação de políticas públicas para o cumprimento do projeto de bem viver de crianças e adolescentes.
SOBRE AS ORGANIZADORAS
SOBRE OS AUTORES
PREFÁCIO
APRESENTAÇÃO DAS ORGANIZADORAS
CAPÍTULO 1
Camila Souza
A LUTA PELA POSITIVAÇÃO DOS DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO BRASIL
Introdução
1 Direito infanto-juvenil no Brasil até 1970
1.1 Surgimento do conceito de infância
1.2 Criança e adolescente no Brasil: da colonização até 1980
2 A luta pela infância na Constituição de 1988 e a construção do ECA
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 2
Fernanda da Silva Lima
Josiane Rose Petry Veronese
Cláudia Maria Carvalho do Amaral Vieira
O SISTEMA DE GARANTIA DOS DIRETOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: A NECESSÁRIA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA RELACIONALIDADE
Introdução
1 Por uma responsabilidade compartilhada: família, sociedade e Poder Público
2 A nova normatividade e a questão da vontade política
3 Os direitos da criança e do adolescente e a tríade revolucionária
4 A necessária construção de uma nova relacionalidade
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 3
Michele Yu Wen Tjioe
O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM, O CORAÇÃO SENTE: A RELEVÂNCIA JURÍDICA DO AFETO E DO AMBIENTE ADEQUADO PARA O PLENO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Introdução
1 A terceirização da função parental
1.1 Maternagem e os paradigmas da maternidade
1.2 Terceirização do cuidado
2 O direito ao cuidado como garantidor do ambiente propício ao desenvolvimento infantil
2.1 O encurtamento dos telômeros e a aceleração do envelhecimento nas crianças
2.2 A influência da epigenética para o alcance do pleno desenvolvimento infantil
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 4
Maria Rita Mazzucatto
O AMOR PARA LUC FERRY: UMA ANÁLISE SOBRE O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Introdução
1 Noções de infância e adolescência: construção e contextualização históricas
2 Consequências das grandes desconstruções: entendendo o amor e a família atualmente a partir de Luc Ferry
3 Estatuto da Criança e do Adolescente à luz de Luc Ferry
3.1 Amor Parental
3.2 Valores Educacionais
3.3 Legado às Gerações Futuras
3.4 Abertura da Vida Privada aos Interesses Coletivos
3.5 A Sacralização do Humano e a Espiritualidade Laica
Considerações Finais
Referências
CAPÍTULO 5
Mayara Silva de Souza
Thaís Nascimento Dantas
MAIS DO QUE SEGURAR AS MÃOS DAS MENINAS, É PRECISO RECONHECER SUAS VULNERABILIDADES E GARANTIR SEUS DIREITOS
Introdução
1 A Doutrina da Proteção Integral no Brasil
2 Bases internacionais para implementação dos direitos de crianças, meninas e mulheres no Brasil
3 O casamento infantil no Brasil e a vitimização de meninas desde o começo da vida
4 As meninas no Sinase e os desafios para superar a invisibilidade
5 Desigualdades e marcadores sociais
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 6
Amanda Nobres Pereira
OS IMPACTOS DO CASAMENTO INFANTIL NA EDUCAÇÃO DE MENINAS BRASILEIRAS À LUZ DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Introdução
1 Educação e Casamento infantil à luz da legislação brasileira e internacional
2 Casamento: análise de dados estatísticos
3 Causas e consequências de uma união precoce
4 Impactos na educação
5 Erradicando a prática
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 7
Lia Cristina Campos Pierson
João Ricardo Brandão Aguirre
Martha Solange Scherer Saad
VULNERABILIDADE SOCIAL E CASAMENTO INFANTIL
Introdução
1 A doutrina da proteção integral e a vulnerabilidade da criança e do adolescente
2 A realidade brasileira e as uniões de menores inúbeis
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 8
Beatriz Luciano Pires
MENINOS NÃO CHORAM: A CRIAÇÃO MACHISTA E A IMAGEM DA MASCULINIDADE COMO EMPECILHOS AO PLENO DESENVOLVIMENTO DOS MENINOS
Introdução
1 Contexto histórico
2 A definição de gênero e sua relação com a masculinidade
3 O dano ao desenvolvimento causado pelo paradigma de masculinidade
4 As consequências futuras do dano ao desenvolvimento masculino
5 Uma Nova Visão Sobre a Masculinidade
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 9
Camila Ferrara Padin
EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE GLOBALIZAÇÃO: UMA TENTATIVA DE DIMINUIR A EVASÃO ESCOLAR
Introdução
1 Agenda globalmente estruturada
2 Globalização, tecnologia e a busca pela diminuição da evasão escolar
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 10
Clara Perin Bressan
Letícia Claro Ferreira
O QUE É BULLYING: ESPECIFICAÇÕES PRÁTICAS E JURÍDICAS
Introdução
1 Conceito e categorias do Bullying
1.1 Bullying Direto
1.2 Bullying Indireto
1.3 Cyberbullying
2 Os diferentes papéis exercidos no Bullying
3 Bullying na Escola
4 Bullying na perspectiva de produção cinematográfica em contraposição à perspectiva da vida prática
4.1 A influência do entretenimento violento na incidência de bullying
4.2 Tiroteios em escolas: atentados como o de columbine e de realengo
5 Dispositivos normativos sobre bullying
6 Consequências do Bullying
7 Ações preventivas contra o bullying
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 11
Michelle Asato Junqueira
Felipe Chiarello de Souza Pinto
Gianpaolo Poggio Smanio
QUEM PARIU MATHEUS QUE O EMBALE: A PARADOXAL RESPONSABILIDADE PELO CUIDADO NA PRIMEIRA INFÂNCIA E AS CRECHES PARENTAIS
Introdução
1 A creche como parte da Educação Infantil: essencialidade, desenvolvimento infantil e subjetividade
2 A educação enquanto serviço público e indispensável autorização do Estado: anomia ou resgate da tradição
3 Creches parentais: a dicotomia entre o desejável cuidado coletivo e a necessária responsabilidade privada
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 12
Gabriel Benedito Issaac Chalita
Marcia Cristina de Souza Alvim
O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NO BRASIL: O DIREITO DE BRINCAR
Introdução
1 A Educação na Constituição da República Federativa do Brasil
2 Estatuto da Criança e do Adolescente : o direito de brincar
2.1 A criança e o direito a brincar
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 13
Ingrid Sora
DE CRIANÇA PARA CRIANÇA: UM ESTUDO SOBRE A UTILIZAÇÃO DA VIDA DE VITRINE DE ARTISTAS MIRINS PARA A PROMOÇÃO DE PUBLICIDADE INFANTIL
Introdução
1 Trabalho artístico infantil e a utilização da criação como promotora de vendas
2 Publicidade infantil e fidelização da infância ao consumo
3 Apresentação de cases: utilização de artistas mirins para a promoção de publicidade infantil
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 14
Juliane Caravieri Martins
EDUCAÇÃO PARA O TRABALHO OU PELO TRABALHO? O TRABALHO EDUCATIVO DE ADOLESCENTES NOS TRINTA ANOS DO ECA
Introdução
1 A Educação como direito fundamental e necessidade pública
2 Educação para o trabalho ou pelo trabalho?
3 O trabalho educativo de adolescentes (Art. 68, ECA)
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 15
Paulo Roberto Nassar de Oliveira
Emiliana Pomarico Ribeiro
Ana Claudia Pompeu Torezan Andreucci
MAIS AMOR, POR FAVOR: A CONSTRUÇÃO DE NOVAS NARRATIVAS COMUNICACIONAIS MIDIÁTICAS AFETIVAS E NÃO-VIOLENTAS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS 30 ANOS DO ECA
Introdução
1 Por que os direitos à comunicação e à voz de crianças e adolescentes importam?
2 Comunicação não-violenta se aprende desde a infância
3 Mídia e Direitos Humanos: comunicando para não-violência e para a paz
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 16
Alexandre Sanson
QUEM TEM MEDO DE GRETA THUNBERG? O RECONHECIMENTO DO DIREITO DE PARTICIPAÇÃO POLÍTICA A CRIANÇAS/ADOLESCENTES A PARTIR DE ANÁLISE DO ECA
Introdução
1 O que é participação política?
2 O direito de participação à criança e ao adolescente
3 Os desafios e as projeções da participação da criança/adolescente no Brasil
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 17
Felipe Cesar José Matos Rebêlo
A PARTICIPAÇÃO DA CRIANÇA NA VIDA POLÍTICA: INVISIBILIDADE DELIBERADA?
Introdução
1 A invisibilidade da criança como sujeito político
2 A Convenção dos Direitos da Criança e a avaliação jurisprudencial sobre o tema
3 O combate à invisibilidade por políticas públicas: o alargamento do conceito de espaço cidadão
Considerações Finais
Referências
CAPÍTULO 18
Stella Santos de Andrade
DIREITO À VOZ: A PARTICIPAÇÃO INFANTOJUVENIL NA SOCIEDADE
Introdução
1 O que é direito à voz?
2 Obstáculos ao direito à voz
3 Formas de promover a voz e a participação
Considerações finais
Referências
POSFÁCIO