ISBN: 978-65-86300-72-7
IDIOMA: Português
NÚMERO DE PÁGINAS: 287
NÚMERO DA EDIÇÃO:
DATA DE PUBLICAÇÃO: Julho/2022
As ciências criminais são compostas de multifários estudos sobre direito penal e processual penal, criminologia, política criminal, psicologia e psiquiatria forenses, que levantam reflexões sobre o crime, o criminoso, a punição e o sistema punitivo em geral.
Afirma-se que o sistema penal brasileiro está em crise. Isso significa que há, por parte da sociedade, total descrédito nas instituições e, de outro lado, um forte movimento de recrudescimento do sistema punitivo, de flexibilização de garantias individuais no âmbito do processo penal, associada à necessidade de aquietar o bramido popularesco de combate às diversas formas de criminalidade, com uso indiscriminado de prisões processuais e encarceramento em massa – o populismo punitivista.
O sujeito que se dedica à pesquisa em ciências criminais deve se colocar como parte dessa realidade, não apenas como sujeito observador, e indagar se as contradições que se projetam sobre o sistema penal provêm de um quadro de adversidade ouse, ao contrário, são contradições próprias do sistema jurídico punitivo.
SOBRE OS ORGANIZADORES
SOBRE OS AUTORES
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 1
Bruna Furini Lazaretti
Gustavo Noronha de Ávila
A (IN)DEFINIÇÃO DO SISTEMA PROCESSUAL PENAL BRASILEIRO
Introdução
1 Sistemas processuais penais
1.1 Sistema inquisitorial
1.2 Sistema acusatório
1.3 Sistema misto
2 Qual o sistema processual penal adotado no Brasil?
2.1 Constituição Federal de 1988
2.2 Código de Processo Penal de 1941
3 A (in)definição do sistema processual penal brasileiro – considerações críticas
3.1 Aspectos polêmicos relacionados ao processo penal brasileiro
3.2 A (in)definição do sistema processual penal brasileiro
Conclusão
Referências
CAPÍTULO 2
Alexandre Coutinho Pagliarini
Vinicius Hsu Cleto
A COLABORAÇÃO PREMIADA: PARALELOS DE DIREITO BRASILEIRO, ITALIANO E ESTADUNIDENSE
Introdução
1 A colaboração premiada no Brasil
1.1 Conceito de concurso de pessoas
1.2 Conceito de associação criminosa
1.3 Conceito de organização criminosa
1.4 A colaboração premiada no Brasil - previsões
2 Colaboração premiada na Itália
3 A colaboração premiada nos Estados Unidos
3.1 Comparação entre PleaBargain e colaboração premiada
Conclusão
Referências
CAPÍTULO 3
Thulio Vinicius dos Santos
Mariana Fordellone Rosa Cruz
A RESSOCIALIZAÇÃO DO RECLUSO PELO TRABALHO COM BASE NO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA
Introdução
1 Conceito de dignidade
1.1 O princípio da dignidade da pessoa humana
1.2 Breve história sobre a dignidade da pessoa humana
2 O sistema penal no Brasil
2.1 A trajetória do sistema penal
2.2 Problemas do sistema prisional
3 A ressocialização do apenado
3.1 Medidas de ressocialização
Considerações finais
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 4
Lara Caxico Martins Miranda
Lourival José de Oliveira
APRENDIZAGEM: O TRABALHO COMO MEDIDA DE RESSOCIALIZAÇÃO DO ADOLESCENTE
Introdução
1 Medida socioeducativa: mecanismo de ressocialização do adolescente
2 A importância do trabalho na ressocialização do adolescente, o cumprimento da função social da empresa e o desenvolvimentos de normas promocionais
2.1 O papel da empresa na ressocialização do adolescente por meio do cumprimento de sua função social e do estímulo estatal com normas promocionais
3 Aprendizagem no processo de execução de medida socioeducativa
Conclusão
Referências
CAPÍTULO 5
Mariana Costa Franco
CLAUSURA E SELETIVIDADES: CONSIDERAÇÕES CRÍTICAS ÀS SELETIVIDADES DO ENCARCERAMENTO FEMININO
Introdução
1 Metodologia
2 Seletividades discriminatórias dentro do sistema penitenciário feminino brasileiro
3 Resultados
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 6
Guilherme Lopes Felicio
CRIMINAL COMPLIANCE COMO INSTRUMENTO DE PREVENÇÃO DOS DELITOS ECONÔMICOS
Introdução
1 Função e missão do direito penal
2 Tutela penal preventiva do bem jurídico da ordem econômica
3 Delitos econômicos
4 Corrupção, fraude e lavagem de dinheiro
5 Criminal Compliance
Conclusão
Referências
CAPÍTULO 7
Soraia Giovana Ladeia Forcelini
Erika Fernanda Tangerino Hernandez
DIFICULDADE DE LOCALIZAÇÃO DOS CRIMINOSOS NO AMBIENTE VIRTUAL
Introdução
1 Do crime
1.1 Definição
1.2 Forma de execução
1.3 Do crime virtual
1.3.1 Hacker
1.4 Deep Web
1.4.1 Como funciona
1.4.2 Como são praticados os crimes na deep web
2 Da legislação vigente
2.1 Lei Azeredo
2.2 Lei Carolina Dieckmann
2.3 Marco civil da internet
3 Da dificuldade de encontrar os criminosos
Conclusão
Referênciais bibliograficas
CAPÍTULO 8
Lucas Octávio Noya dos Santos
Henrique Miuki Koga Fujiki
LIBERDADE DE EXPRESSÃO E O CRIME DE DESACATO: VIA ALTERNATIVA DE VIOLAÇÃO DO DIREITO DA PERSONALIDADE NO ENTENDIMENTO DA CORTE IDH
Introdução
1 Sistema interamericano de direitos humanos
2 Liberdade de expressão e personalidade no entendimento da corte IDH
3 O entendimento da corte IDH quanto à tipificação de crime de desacato nos ordenamentos jurídicos internos
Conclusões
Referências
CAPÍTULO 9
Rafael Correia Miranda
Fernanda de Matos Lima Madrid
O CRESCIMENTO E ORGANIZAÇÃO DAS FACÇÕES DENTRO DAS UNIDADES PRISIONAIS
Introdução
1 Protagonismo do criminoso dentro do sistema carcerário
2 Causas do crescimento e organização das facções
2.1 Afronta a direitos fundamentais
2.2 Grande número de presos provisórios
2.3 Ausência do Estado dentro das prisões
2.3.1 Infraestrutura das unidades prisionais e funcionários
2.3.2 Livre comunicação e articulação do crime
2.3.3 Corrupção
3 Ineficácia das leis penais
4 A criminologia dentro do sistema carcerário
Conclusão
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 10
Caio Cesar Tomioto Mendes
Rafael Augusto da Silva Reis
O EFEITO DO COMPLIANCE NA AUTORIA DO DIREITO PENAL
Introdução
1 O conceito de compliance e seus reflexos no direito penal
2 Panorama normativo brasileiro sobre autoria e participação
3 Imputação objetiva e domínio do fato como possíveis soluções
Considerações finais
Referências bibliográficas
CAPÍTULO 11
Wanderlei Lukachewski Júnior
Eliete Souza da Ferreira
O PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE DA PENA E SUA APLICAÇÃO AOS CRIMES DE FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS
Introdução
1 O princípio da proporcionalidade e sua aplicação na seara penal
2 Das penas e o direito de punir
3 O princípio da proporcionalidade e sua aplicação aos crimes dolosos tipificados no artigo 273 do Código Penal brasileiro
Considerações finais
Referências
CAPÍTULO 12
Alexander de Castro
Silvio Toledo Neto
POLÍTICAS PÚBLICAS COMO FORMA DE TUTELA DOS DIREITOS PERSONALÍSSIMO DO IDOSO – UMA BREVE ANÁLISE DA EXISTÊNCIA DO DIREITO PENAL DO IDOSO
Introdução
1 O envelhecimento como direito personalíssimo – solidariedade social da família, da sociedade e do Estado
2 Formulação da política pública – estágios do ciclo político-administrativo
2.1 Previsões constitucionais como expressões jurídicas concretas de políticas públicas
2.2 Da política nacional do idoso
2.3 Estatuto do Idoso – Lei N. 10.741/2003
3 Direito penal do idoso
Conclusão
Bibliografia
CAPÍTULO 13
Camilla da Silva Oliveira
Kenza Borges Sengik
VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER E OS DESDOBRAMENTOS DA CULTURA DO ESTUPRO
Introdução
1 Do princípio da isonomia: uma conquista da mulher
2 Princípio da dignidade da pessoa humana
3 Das faces da violência contra a mulher
4 Políticas públicas e a proteção a mulher
5 Violência sexual no âmbito jurídico
6 Reflexão sobre a violência sob o olhar da solidariedade ou alteridade positiva
Considerações finais
Referências