ISBN: 658601745
IDIOMA: Português
NÚMERO DE PÁGINAS: 266
NÚMERO DA EDIÇÃO: 1ª Edição
DATA DE PUBLICAÇÃO: 2022
A obra parte do reconhecimento da eficácia direta "prima facie" dos direitos fundamentais nas relações privadas, sustentando que as plataformas de mídia social estão vinculadas aos direitos fundamentais da criança e do adolescente, bem como aos deveres de proteção decorrentes, devendo garanti-los na máxima medida possível, nos casos de cyberbullying. Convém destacar o papel do Estado como o destinatário direto dos direitos fundamentais, e o dever de protegê-los com prioridade absoluta.
A autora Gabriela Cruz Amato Teixeira é Doutora em Direito (PUCRS), com período de capacitação e investigação na Universität Hamburg, Alemanha, na condição de bolsista CAPES PrInt; Mestre em Direito (PUCRS); Especialista em Direito de Família (PUCRS); Membro da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB/RS; Advogada.
Prefácio (Ingo Wolfgang Sarlet) ............................... 7
Apresentação (Ivar A. Hartmann) ............................... 9
Introdução ............................... 17
Capítulo I A proteção dos direitos fundamentais da criança e do adolescente nos casos de cyberbullying ............................... 23
1. Cyberbullying E Mídias Sociais no Brasil: contextualização da problemática enfrentada ............................... 23
1.1. Uso das mídias sociais por crianças e adolescentes no Brasil ............................... 23
1.2. A proteção dos nativos digitais de hoje e os principais desafios enfrentados pelos imigrantes digitais ............................... 25
1.3. Hiperconexão e hipervulnerabilidade ............................... 30
2. Bullying e cyberbullying: conceito, causas e efeitos ............................... 33
2.1. Conceito de bullying na perspectiva da psicologia ............................... 33
2.2. Causas e formas de manifestação ............................... 37
2.3. Bullying online: alguns aspectos acerca do fenômeno cyberbullying ............................... 39
2.3.1. Elementos de conexão entre cyberbullying e discurso de ódio ............................... 41
2.3.2. Formas de manifestação do cyberbullying ............................... 43
2.4. Tipos de impacto ............................... 44
2.4.1. Impacto individual (psíquico e condutas) ............................... 45
2.4.2. Impacto social (escolar e relacionamentos) ............................... 46
2.5. Alguns dados, implicações e consequências ............................... 47
2.6. Argumentos em torno da transposição do fenômeno do cyberbullying para a perspectiva jurídico-constitucional ............................... 50
3. O marco jurídico de proteção dos direitos fundamentais da criança e do adolescente para os casos de cyberbullying ............................... 51
3.1. A consolidação dos direitos fundamentais da criança e do adolescente no plano internacional ............................... 52
3.2. Os direitos fundamentais da criança e do adolescente e a sua especial proteção pelo ordenamento jurídico-constitucional brasileiro ............................... 58
3.3. A posição preferencial dos direitos fundamentais da criança e do adolescente na arquitetura constitucional ............................... 59
3.4. Panorama geral sobre os direitos de personalidade e direito à liberdade de expressão da criança e do adolescente: um recorte para a análise dos
casos de cyberbullying ............................... 65
3.4.1. Os direitos de personalidade ............................... 66
3.4.2. O direito à liberdade de expressão ............................... 73
4. O enfrentamento do cyberbullying à luz dos princípios da absoluta prioridade e do melhor interesse da criança: a proteção do direito ao livre desenvolvimento da personalidade ............................... 77
5. O tratamento do bullying e do cyberbullying pela legislação brasileira: a lei do bullying e leis correlatas ............................... 79
Capítulo II Os deveres de proteção decorrentes dos direitos fundamentais da criança e do adolescente no âmbito das plataformas de mídia social perante a teoria da eficácia direta prima facie nas relações privadas ............................... 83
1. A proteção dos direitos fundamentais da criança e do adolescente frente à teoria da eficácia direta prima facie dos direitos fundamentais nas relações privadas ............................... 83
1.1. A estrutura das normas de direitos fundamentais: a especial relevância da sua dimensão objetiva ............................... 84
2. Breves apontamentos sobre as teorias da eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas: pressupostos necessários para o enfrentamento do problema ............................... 91
2.1. A teoria da eficácia indireta ............................... 91
2.2. A teoria da eficácia direta ............................... 93
2.3. A teoria dos deveres de proteção ............................... 94
2.4. A teoria da eficácia direta prima facie ............................... 100
3. A possibilidade de vinculação das plataformas de mídia social aos direitos fundamentais da criança e do adolescente e aos deveres de proteção de correntes ............................... 104
4. Deveres de proteção estatal, organização e procedimento e controle social ............................... 106
4.1. Deveres de proteção mediante organização e procedimento, prevenção e responsabilização ............................... 109
4.1.1. Deveres de proteção e a vinculação dos atores privados aos direitos fundamentais ............................... 116
4.1.2. Proteção e pressupostos para o exercício dos direitos fundamentais ............................... 121
Capítulo III Alternativas regulatórias disponíveis e proposta de um modelo para o enfrentamento do cyberbullying ............................... 123
1. Apresentação das alternativas regulatórias disponíveis ............................... 123
1.1. Regulação estatal ............................... 123
1.1.1. A reestruturação da regulação estatal ............................... 125
1.1.2. Descentralização e o papel das agências reguladoras ............................... 128
1.2. Autorregulação ............................... 129
1.2.1. Autorregulação privada ............................... 130
1.2.2. Descentralização e desregulação ............................... 131
1.3. Autorregulação regulada ............................... 133
1.3.1. Principais argumentos sobre os benefícios do modelo de autorregulação regulada ............................... 134
1.3.2. A iniciativa do SART e a possibilidade de autorregulação regulada no setor de telecomunicações ............................... 136
1.4. Controle social ............................... 138
1.5. Orientações regulatórias para o contexto digital: aplicação das alternativas regulatórias disponíveis ............................... 141
2. Autovinculação e autorregulação à luz do caso do Facebook ............................... 146
2.1. Instrumentos de moderação e controle de conteúdo ............................... 151
2.2. O papel da comunidade ............................... 158
2.3. Possibilidade de controle parental ............................... 159
2.4. Controle social: atuais possibilidades e o caso do Comitê de Supervisão do Facebook (Oversight Board) ............................... 160
2.5. Limites e lacunas da autorregulação: principais problemas e desafios ............................... 162
3. A regulação de conteúdo da internet e das plataformas de mídia social no Brasil 168
3.1. Marco normativo constitucional ............................... 169
3.2. O Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados no enfrentamento dos casos de cyberbullying ............................... 171
3.2.1. O Marco Civil da Internet ............................... 171
3.2.2. A Lei Geral de Proteção de Dados ............................... 175
3.3. O papel do Poder Judiciário à luz da jurisprudência do STF e STJ ............................... 179
3.4. Deficiências e desafios ............................... 182
4. Um olhar sobre o direito estrangeiro: o modelo de autorregulação regulada no direito alemão e europeu ............................... 185
4.1. Proteção constitucional ............................... 185
4.2. Legislação em termos gerais ............................... 186
4.3. Jurisprudência ............................... 188
4.4. O caso da NetzDG como modelo de autorregulação regulada: a estrutura da NetzDG para os casos de cyberbullying ............................... 191
4.5. Críticas e desafios no âmbito da NetzDG ............................... 196
4.6. Novas perspectivas no quadro jurídico europeu para a proteção dos direitos fundamentais no contexto digital: os regulamentos da União Europeia sobre serviços e mercados digitais ............................... 200
4.7. Alguns pontos comparativos entre a NetzDG e o Regulamento Serviços Digitais ............................... 207
5. Avaliação sistemática e crítica dos modelos e algumas propostas ............................... 210
5.1. Necessidade de um modelo intermédio e de uma autorregulação regulada apta a dar conta dos deveres de proteção estatais e deveres de cuidado e prevenção das plataformas de mídia social ............................... 217
5.2. Participação na organização e procedimento e controle social ............................... 222
5.3. A importância da educação digital para a capacitação das crianças e adolescentes, pais e/ou responsáveis ............................... 223
5.4. Possíveis critérios e instrumentos para o aperfeiçoamento da prevenção e repressão do cyberbullying no Brasil ............................... 227
6. Uma lei para o cyberbullying? Exposição de alguns argumentos de justificação ............................... 232
6.1. Argumentos gerais: identificação de nódulos problemáticos ............................... 233
6.2. Argumentos específicos em relação ao cyberbullying ............................... 234
6.3. Retomada dos critérios e instrumentos a serem considerados em uma proposta de enfrentamento do cyberbullying ............................... 236
6.4. Síntese conclusiva sobre os critérios apontados ............................... 245
Conclusão ............................... 247
Referências ............................... 251