ISBN: 978-65-5959-004-9
IDIOMA: Português
NÚMERO DE PÁGINAS: 378
NÚMERO DA EDIÇÃO:
DATA DE PUBLICAÇÃO:
“Esaú e Jacó”, de Machado de Assis, foi publicado em 1904. Iniciava-se a República, e ainda havia uma forte reminiscência do Império. Trata-se de um romance diferente, comparado com os demais livros de nosso grande escritor, ainda que próximo, do ponto de vista da construção da narrativa, de outros livros de Machado de Assis, a exemplo de “Dom Casmurro” ou do “Memorial do Aires”. Em “Esaú e Jacó” não se percebe, aparentemente, uma possibilidade de futuro ficcional no contexto de uma disputa permanente de dois gêmeos em torno de uma mulher. É a opinião de John Gledson, professor da Universidade de Liverpool, autor de ensaio fundamental sobre a obra de Machado de Assis . Tem-se um enredo de algum modo incerto, que parece ostensivamente tentar confundir o leitor. Cuida-se de narrativa que enfatiza o ceticismo e o relativismo, ainda que não se revele indiferente . No núcleo, “(...) a invencível hostilidade recíproca de dois irmãos gêmeos, de opostos temperamentos e de tendências opostas” . “Esaú e Jacó”, uma referência bíblica, descortina a trajetória de dois irmãos, inimigos e opostos, desde a gestação. A narrativa está em Gênesis, 25. A oposição entre irmãos também foi explorada pelo escritor brasileiro Miltom Hatoum , que ambientou o conflito na cidade de Manaus. Há semelhanças entre os argumentos do Velho Testamento, de Machado de Assis e de Miltom Hatoum. No contexto do selo Direito e Literatura a narrativa de “Esaú e Jacó” possibilita olhar privilegiado na construção dos arranjos institucionais republicanos, que persistem, entre nós, até presentemente, com variações apenas de pormenor. Nesse sentido, Machado de Assis é um historiador, e seu relato, ainda que ficcional, pode ser lido como fonte primária . Tem-se em “Esaú e Jacó” um pano de fundo que nos remete à proclamação da República e aos passos fundantes do constitucionalismo republicano brasileiro. Pode-se inferir dessa fascinante leitura informações relativas à instalação da República entre nós, bem como – e principalmente – sobre o ambiente cultural e ideológico que marcou a queda do Império.
SOBRE OS ORGANIZADORES
APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO
APRESENTAÇÃO DA OBRA
ADVERTÊNCIA
CAPÍTULO PRIMEIRO
COISAS FUTURAS!
CAPÍTULO II
MELHOR DE DESCER QUE DE SUBIR
CAPÍTULO III
A ESMOLA DA FELICIDADE
CAPÍTULO IV
A MISSA DO COUPÉ
CAPÍTULO V
HÁ CONTRADIÇÕES EXPLICÁVEIS
CAPÍTULO VI
MATERNIDADE
CAPÍTULO VII
GESTAÇÃO
CAPÍTULO VIII
NEM CASAL, NEM GENERAL
CAPÍTULO IX
VISTA DE PALÁCIO
CAPÍTULO X
O JURAMENTO
CAPÍTULO XI
UM CASO ÚNICO!
CAPÍTULO XII
ESSE AIRES
CAPÍTULO XIII
A EPÍGRAFE
CAPÍTULO XIV
A LIÇÃO DO DISCÍPULO
CAPÍTULO XV
TESTE DAVID CUM SIBYLLA
CAPÍTULO XVI
PATERNALISMO
CAPÍTULO XVII
TUDO O QUE RESTRINJO
CAPÍTULO XVIII
DE COMO VIERAM CRESCENDO
CAPÍTULO XIX
APENAS DUAS — QUARENTA ANOS. TERCEIRA CAUSA
CAPÍTULO XX
A JÓIA
CAPÍTULO XXI
UM PONTO ESCURO
CAPÍTULO XXII
AGORA UM SALTO
CAPÍTULO XXIII
QUANDO TIVEREM BARBAS
CAPÍTULO XXIV
ROBESPIERRE E LUÍS XVI
CAPÍTULO XXV
D. MIGUEL
CAPÍTULO XXVI
A LUTA DOS RETRATOS
CAPÍTULO XXVII
DE UMA REFLEXÃO INTEMPESTIVA
CAPÍTULO XXVIII
O RESTO É CERTO
CAPÍTULO XXIX
A PESSOA MAIS MOÇA
CAPÍTULO XXX
A GENTE BATISTA
CAPÍTULO XXXI
FLORA
CAPÍTULO XXXII
O APOSENTADO
CAPÍTULO XXXIII
A SOLIDÃO TAMBÉM CANSA
CAPÍTULO XXXIV
INEXPLICÁVEL
CAPÍTULO XXXV
EM VOLTA DA MOÇA
CAPÍTULO XXXVI
A DISCÓRDIA NÃO É TÃO FEIA COMO SE PINTA
CAPÍTULO XXXVII
DESACORDO NO ACORDO
CAPÍTULO XXXVIII
CHEGADA A PROPÓSITO
CAPÍTULO XXXIX
UM GATUNO
CAPÍTULO XL
RECUERDOS
CAPÍTULO XLI
CASO DO BURRO
CAPÍTULO XLII
UMA HIPÓTESE
CAPÍTULO XLIII
O DISCURSO
CAPÍTULO XLIV
O SALMÃO
CAPÍTULO XLV
MUSA, CANTA
CAPÍTULO XLVI
ENTRE UM ATO E OUTRO
CAPÍTULO XLVII
SÃO MATEUS, IV, 1-10
CAPÍTULO XLVIII
TERPSÍCORE
CAPÍTULO XLIX
TABULETA VELHA
CAPÍTULO L
O TINTEIRO DE EVARISTO
CAPÍTULO LI
AQUI PRESENTE
CAPÍTULO LII
UM SEGREDO
CAPÍTULO LIII
DE CONFIDÊNCIAS
CAPÍTULO LIV
ENFIM, SÓ!
CAPÍTULO LV
“A MULHER É A DESOLAÇÃO DO HOMEM”
CAPÍTULO LVI
O GOLPE
CAPÍTULO LVII
DAS ENCOMENDAS
CAPÍTULO LVIII
MATAR SAUDADES
CAPÍTULO LIX
NOITE DE 14
CAPÍTULO LX
MANHÃ DE 15
CAPÍTULO LXI
LENDO XENOFONTE
CAPÍTULO LXII
“PARE NO D.”
CAPÍTULO LXIII
TABULETA NOVA
CAPÍTULO LXIV
PAZ!
CAPÍTULO LXV
ENTRE OS FILHOS
CAPÍTULO LXVI
O BASTO E A ESPADILHA
CAPÍTULO LXVII
A NOITE INTEIRA
CAPÍTULO LXVIII
DE MANHÃ!
CAPÍTULO LXIX
AO PIANO
CAPÍTULO LXX
DE UMA CONCLUSÃO ERRADA
CAPÍTULO LXXI
A COMISSÃO
CAPÍTULO LXXII
O REGRESSO
CAPÍTULO LXXIII
UM ELDORADO
CAPÍTULO LXXIV
A ALUSÃO DO TEXTO
CAPÍTULO LXXV
PROVÉRBIO ERRADO
CAPÍTULO LXXVI
TALVEZ FOSSE A MESMA!
CAPÍTULO LXXVII
HOSPEDAGEM
CAPÍTULO LXXVIII
VISITA AO MARECHAL
CAPÍTULO LXXIX
FUSÃO, DIFUSÃO, CONFUSÃO
CAPÍTULO LXXX
TRANSFUSÃO, ENFIM
CAPÍTULO LXXXI
AI, DUAS ALMAS
CAPÍTULO LXXXII
EM SÃO CLEMENTE
CAPÍTULO LXXXIII
A GRANDE NOITE
CAPÍTULO LXXXIV
O VELHO SEGREDO
CAPÍTULO LXXXV
TRÊS CONSTITUIÇÕES
CAPÍTULO LXXXVI
ANTES QUE ME ESQUEÇA
CAPÍTULO LXXXVII
ENTRE AIRES E FLORA
CAPÍTULO LXXXVIII
NÃO, NÃO, NÃO
CAPÍTULO LXXXIX
O DRAGÃO
CAPÍTULO XC
O AJUSTE
CAPÍTULO XCI
NEM SÓ A VERDADE SE DEVE ÀS MÃES
CAPÍTULO XCII
SEGREDO ACORDADO
CAPÍTULO XCIII
NÃO ATA NEM DESATA
CAPÍTULO XCIV
GESTOS OPOSTOS
CAPÍTULO XCV
O TERCEIRO
CAPÍTULO XCVI
RETRAIMENTO
CAPÍTULO XCVII
UM CRISTO PARTICULAR
CAPÍTULO XCVIII
O MÉDICO AIRES
CAPÍTULO XCIX
A TÍTULO DE ARES NOVOS
CAPÍTULO C
DUAS CABEÇAS
CAPÍTULO CI
O CASO EMBRULHADO
CAPÍTULO CII
VISÃO PEDE MEIA SOMBRA
CAPÍTULO CIII
O QUARTO
CAPÍTULO CIV
A RESPOSTA
CAPÍTULO CV
A REALIDADE
CAPÍTULO CVI
AMBOS QUAIS?
CAPÍTULO CVII
ESTADO DE SÍTIO
CAPÍTULO CVIII
VELHAS CERIMÔNIAS
CAPÍTULO CIX
AO PÉ DA COVA
CAPÍTULO CX
QUE VOA
CAPÍTULO CXI
UM RESUMO DE ESPERANÇAS
CAPÍTULO CXII
O PRIMEIRO MÊS
CAPÍTULO CXIII
UMA BEATRIZ PARA DOIS
CAPÍTULO CXIV
CONSULTÓRIO E BANCA
CAPÍTULO CXV
TROCA DE OPINIÕES
CAPÍTULO CXVI
DE REGRESSO
CAPÍTULO CXVII
POSSE DAS CADEIRAS
CAPÍTULO CXVIII
COISAS PASSADAS, COISAS FUTURAS
CAPÍTULO
QUE ANUNCIA OS SEGUINTES
CAPÍTULO CXX
PENÚLTIMO
CAPÍTULO CXXI
ÚLTIMO
FIM