Esaú e Jacó”, de Machado de Assis, foi publicado em 1904. Iniciava-se a República, e ainda havia uma forte reminiscência do Império. Trata-se de um romance diferente, comparado com os demais livros de nosso grande escritor, ainda que próximo, do ponto de vista da construção da narrativa, de outros livros de Machado de Assis, a exemplo de “Dom Casmurro” ou do “Memorial do Aires”. Em “Esaú e Jacó” não se percebe, aparentemente, uma possibilidade de futuro ficcional no contexto de uma disputa permanente de dois gêmeos em torno de uma mulher. É a opinião de John Gledson, professor da Universidade de Liverpool, autor de ensaio fundamental sobre a obra de Machado de Assis . Tem-se um enredo de algum modo incerto, que parece ostensivamente tentar confundir o leitor. Cuida-se de narrativa que enfatiza o ceticismo e o relativismo, ainda que não se revele indiferente . No núcleo, “(...) a invencível hostilidade recíproca de dois irmãos gêmeos, de opostos temperamentos e de tendências opostas” . “Esaú e Jacó”, uma referência bíblica, descortina a trajetória de dois irmãos, inimigos e opostos, desde a gestação. A narrativa está em Gênesis, 25....
Categorias: Literatura

Tags:

#Direito e Literatura, #Ficção Brasileira, #Machado de Assis

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ISBN: 978-65-5959-004-9

IDIOMA: Português

NÚMERO DE PÁGINAS: 378

NÚMERO DA EDIÇÃO:

DATA DE PUBLICAÇÃO:

“Esaú e Jacó”, de Machado de Assis, foi publicado em 1904. Iniciava-se a República, e ainda havia uma forte reminiscência do Império. Trata-se de um romance diferente, comparado com os demais livros de nosso grande escritor, ainda que próximo, do ponto de vista da construção da narrativa, de outros livros de Machado de Assis, a exemplo de “Dom Casmurro” ou do “Memorial do Aires”. Em “Esaú e Jacó” não se percebe, aparentemente, uma possibilidade de futuro ficcional no contexto de uma disputa permanente de dois gêmeos em torno de uma mulher. É a opinião de John Gledson, professor da Universidade de Liverpool, autor de ensaio fundamental sobre a obra de Machado de Assis . Tem-se um enredo de algum modo incerto, que parece ostensivamente tentar confundir o leitor. Cuida-se de narrativa que enfatiza o ceticismo e o relativismo, ainda que não se revele indiferente . No núcleo, “(...) a invencível hostilidade recíproca de dois irmãos gêmeos, de opostos temperamentos e de tendências opostas” . “Esaú e Jacó”, uma referência bíblica, descortina a trajetória de dois irmãos, inimigos e opostos, desde a gestação. A narrativa está em Gênesis, 25. A oposição entre irmãos também foi explorada pelo escritor brasileiro Miltom Hatoum , que ambientou o conflito na cidade de Manaus. Há semelhanças entre os argumentos do Velho Testamento, de Machado de Assis e de Miltom Hatoum. No contexto do selo Direito e Literatura a narrativa de “Esaú e Jacó” possibilita olhar privilegiado na construção dos arranjos institucionais republicanos, que persistem, entre nós, até presentemente, com variações apenas de pormenor. Nesse sentido, Machado de Assis é um historiador, e seu relato, ainda que ficcional, pode ser lido como fonte primária . Tem-se em “Esaú e Jacó” um pano de fundo que nos remete à proclamação da República e aos passos fundantes do constitucionalismo republicano brasileiro. Pode-se inferir dessa fascinante leitura informações relativas à instalação da República entre nós, bem como – e principalmente – sobre o ambiente cultural e ideológico que marcou a queda do Império.
SOBRE OS ORGANIZADORES

APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO

APRESENTAÇÃO DA OBRA

ADVERTÊNCIA



CAPÍTULO PRIMEIRO

COISAS FUTURAS!



CAPÍTULO II

MELHOR DE DESCER QUE DE SUBIR



CAPÍTULO III

A ESMOLA DA FELICIDADE



CAPÍTULO IV

A MISSA DO COUPÉ



CAPÍTULO V

HÁ CONTRADIÇÕES EXPLICÁVEIS



CAPÍTULO VI

MATERNIDADE



CAPÍTULO VII

GESTAÇÃO



CAPÍTULO VIII

NEM CASAL, NEM GENERAL



CAPÍTULO IX

VISTA DE PALÁCIO



CAPÍTULO X

O JURAMENTO



CAPÍTULO XI

UM CASO ÚNICO!



CAPÍTULO XII

ESSE AIRES



CAPÍTULO XIII

A EPÍGRAFE



CAPÍTULO XIV

A LIÇÃO DO DISCÍPULO



CAPÍTULO XV

TESTE DAVID CUM SIBYLLA



CAPÍTULO XVI

PATERNALISMO



CAPÍTULO XVII

TUDO O QUE RESTRINJO



CAPÍTULO XVIII

DE COMO VIERAM CRESCENDO



CAPÍTULO XIX

APENAS DUAS — QUARENTA ANOS. TERCEIRA CAUSA



CAPÍTULO XX

A JÓIA



CAPÍTULO XXI

UM PONTO ESCURO



CAPÍTULO XXII

AGORA UM SALTO



CAPÍTULO XXIII

QUANDO TIVEREM BARBAS



CAPÍTULO XXIV

ROBESPIERRE E LUÍS XVI



CAPÍTULO XXV

D. MIGUEL



CAPÍTULO XXVI

A LUTA DOS RETRATOS



CAPÍTULO XXVII

DE UMA REFLEXÃO INTEMPESTIVA



CAPÍTULO XXVIII

O RESTO É CERTO



CAPÍTULO XXIX

A PESSOA MAIS MOÇA



CAPÍTULO XXX

A GENTE BATISTA



CAPÍTULO XXXI

FLORA



CAPÍTULO XXXII

O APOSENTADO



CAPÍTULO XXXIII

A SOLIDÃO TAMBÉM CANSA



CAPÍTULO XXXIV

INEXPLICÁVEL



CAPÍTULO XXXV

EM VOLTA DA MOÇA



CAPÍTULO XXXVI

A DISCÓRDIA NÃO É TÃO FEIA COMO SE PINTA



CAPÍTULO XXXVII

DESACORDO NO ACORDO



CAPÍTULO XXXVIII

CHEGADA A PROPÓSITO



CAPÍTULO XXXIX

UM GATUNO



CAPÍTULO XL

RECUERDOS



CAPÍTULO XLI

CASO DO BURRO



CAPÍTULO XLII

UMA HIPÓTESE



CAPÍTULO XLIII

O DISCURSO



CAPÍTULO XLIV

O SALMÃO



CAPÍTULO XLV

MUSA, CANTA



CAPÍTULO XLVI

ENTRE UM ATO E OUTRO



CAPÍTULO XLVII

SÃO MATEUS, IV, 1-10



CAPÍTULO XLVIII

TERPSÍCORE



CAPÍTULO XLIX

TABULETA VELHA



CAPÍTULO L

O TINTEIRO DE EVARISTO



CAPÍTULO LI

AQUI PRESENTE



CAPÍTULO LII

UM SEGREDO



CAPÍTULO LIII

DE CONFIDÊNCIAS



CAPÍTULO LIV

ENFIM, SÓ!



CAPÍTULO LV

“A MULHER É A DESOLAÇÃO DO HOMEM”



CAPÍTULO LVI

O GOLPE



CAPÍTULO LVII

DAS ENCOMENDAS



CAPÍTULO LVIII

MATAR SAUDADES



CAPÍTULO LIX

NOITE DE 14



CAPÍTULO LX

MANHÃ DE 15



CAPÍTULO LXI

LENDO XENOFONTE



CAPÍTULO LXII

“PARE NO D.”



CAPÍTULO LXIII

TABULETA NOVA



CAPÍTULO LXIV

PAZ!



CAPÍTULO LXV

ENTRE OS FILHOS



CAPÍTULO LXVI

O BASTO E A ESPADILHA



CAPÍTULO LXVII

A NOITE INTEIRA



CAPÍTULO LXVIII

DE MANHÃ!



CAPÍTULO LXIX

AO PIANO



CAPÍTULO LXX

DE UMA CONCLUSÃO ERRADA



CAPÍTULO LXXI

A COMISSÃO



CAPÍTULO LXXII

O REGRESSO



CAPÍTULO LXXIII

UM ELDORADO



CAPÍTULO LXXIV

A ALUSÃO DO TEXTO



CAPÍTULO LXXV

PROVÉRBIO ERRADO



CAPÍTULO LXXVI

TALVEZ FOSSE A MESMA!



CAPÍTULO LXXVII

HOSPEDAGEM



CAPÍTULO LXXVIII

VISITA AO MARECHAL



CAPÍTULO LXXIX

FUSÃO, DIFUSÃO, CONFUSÃO



CAPÍTULO LXXX

TRANSFUSÃO, ENFIM



CAPÍTULO LXXXI

AI, DUAS ALMAS



CAPÍTULO LXXXII

EM SÃO CLEMENTE



CAPÍTULO LXXXIII

A GRANDE NOITE



CAPÍTULO LXXXIV

O VELHO SEGREDO



CAPÍTULO LXXXV

TRÊS CONSTITUIÇÕES



CAPÍTULO LXXXVI

ANTES QUE ME ESQUEÇA



CAPÍTULO LXXXVII

ENTRE AIRES E FLORA



CAPÍTULO LXXXVIII

NÃO, NÃO, NÃO



CAPÍTULO LXXXIX

O DRAGÃO



CAPÍTULO XC

O AJUSTE



CAPÍTULO XCI

NEM SÓ A VERDADE SE DEVE ÀS MÃES



CAPÍTULO XCII

SEGREDO ACORDADO



CAPÍTULO XCIII

NÃO ATA NEM DESATA



CAPÍTULO XCIV

GESTOS OPOSTOS



CAPÍTULO XCV

O TERCEIRO



CAPÍTULO XCVI

RETRAIMENTO



CAPÍTULO XCVII

UM CRISTO PARTICULAR



CAPÍTULO XCVIII

O MÉDICO AIRES



CAPÍTULO XCIX

A TÍTULO DE ARES NOVOS



CAPÍTULO C

DUAS CABEÇAS



CAPÍTULO CI

O CASO EMBRULHADO



CAPÍTULO CII

VISÃO PEDE MEIA SOMBRA



CAPÍTULO CIII

O QUARTO



CAPÍTULO CIV

A RESPOSTA



CAPÍTULO CV

A REALIDADE



CAPÍTULO CVI

AMBOS QUAIS?



CAPÍTULO CVII

ESTADO DE SÍTIO



CAPÍTULO CVIII

VELHAS CERIMÔNIAS



CAPÍTULO CIX

AO PÉ DA COVA



CAPÍTULO CX

QUE VOA



CAPÍTULO CXI

UM RESUMO DE ESPERANÇAS



CAPÍTULO CXII

O PRIMEIRO MÊS



CAPÍTULO CXIII

UMA BEATRIZ PARA DOIS



CAPÍTULO CXIV

CONSULTÓRIO E BANCA



CAPÍTULO CXV

TROCA DE OPINIÕES



CAPÍTULO CXVI

DE REGRESSO



CAPÍTULO CXVII

POSSE DAS CADEIRAS



CAPÍTULO CXVIII

COISAS PASSADAS, COISAS FUTURAS



CAPÍTULO

QUE ANUNCIA OS SEGUINTES



CAPÍTULO CXX

PENÚLTIMO



CAPÍTULO CXXI

ÚLTIMO



FIM
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